quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Proibição de novas drogas pela Anvisa vão facilitar operações policiais



A agência veta o uso e a venda de 21 substâncias, algumas alucinógenas, que são vendidas até pela internet


Publicação: 19/02/2014 08:03

Uma das substâncias proibidas tem o mesmo efeito estimulante do ecstasy, droga sintética já proibida no país (Paulo Santos/Reuters)
Uma das substâncias proibidas tem o mesmo efeito estimulante do ecstasy, droga sintética já proibida no país

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu ontem 21 substâncias novas no rol de drogas sintéticas proibidas. Alucinógenas ou estimulantes, parte deles já estão suspensas em outros países. 


Duas substâncias, a 25I-NBOMe e a Metilona geram efeitos parecidos com o LSD e o ecstasy, respectivamente. Ambas foram analisadas pela Anvisa a pedido da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal. A determinação da agência deve ser publicada hoje no Diário Oficial da União e o uso e a venda das substâncias passarão a ser crime.

A PF já identificou a presença dessas drogas em São Paulo, em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte. Sem a determinação governamental de que os entorpecentes são proibidos, a PF tem como dificuldades em punir as pessoas que portam as substâncias. Segundo investigações, elas são produzidas em grande escala na Índia, China e Europa.


Desde 1999, a Anvisa fez 37 atualizações da portaria que mostra a lista de drogas proibidas. A última mudança tinha sido feita em 2012. De acordo com a agência, as novas substâncias estavam em análise desde o ano passado. 


As 21 substâncias são drogas criadas para burlar as listas de drogas ilícitas publicadas no mundo. Nenhuma delas tem utilidade com medicamento, são produtos que simulam efeitos semelhantes ao de outras drogas ilícitas já conhecidas”, informou em nota. 

Para o diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas de São Paulo (Ceatox), Anthony Wong, as drogas podem causar alteração da consciência, agitação, alteração psíquica e paranóia.

 “Podem também levar a convulsões, lesão cerebral, morte e distúrbios psicóticos, definitivos ou não.”

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