sábado, 1 de março de 2014

São Paulo sofre “onda de invasões de sem-teto” nas mãos de Haddad




A capital, desde que voltou às mãos do PT, vem sofrendo cada vez mais a ação de grupos ligados a movimentos sociais.


por Marlos Ápyus            

Um péssimo efeito colateral do  assistencialismo governamental é a ação de oportunistas que tentam sugar dele o máximo que podem. 

Quando isso ocorre em pequenas comunidades longe dos grandes centros, a fiscalização se apresenta extremamente frágil. O mesmo não se pode dizer quando o trabalho é feito, por exemplo, na maior capital da nação.

O espaço na zona sul é um dos mais de 90 terrenos ou prédios invadidos na cidade. E pelo menos metade dessas invasões foram neste ano – uma onda acentuada na gestão Fernando Haddad (PT), principalmente após a série de protestos por motivos variados a partir de junho.
(grifos nossos)
Parte dessa ação vem diretamente prejudicando, inclusive, ações de cunho ambiental:
Das invasões na cidade, 44 são em prédios. Os demais são terrenos – a maioria em zonas de proteção ambiental.
Segundo a ONG Anchieta Grajaú, 80% da área onde eles atuam estão sendo desmatados. Os sem-teto querem erguer 1.800 moradias por lá.
(grifos nossos)
O próprio prefeito reconhece que se trata de um movimento ensaiado:
Haddad disse à Folha que a administração detectou que alguns grupos estão monitorando os decretos de declaração de interesse social no “Diário Oficial” para, em seguida, ocupar os terrenos.

“São pessoas que ficam de posse do Diário Oficial observando onde a prefeitura vai desapropriar, se antecipando”, disse. Para ele, isso põe em risco os programas habitacionais porque “são expedientes para furar a fila” de quem aguarda moradia.
(grifos nossos)

Mas a culpa da administração petista não estaria apenas na passividade diante dos ataques oportunistas. Muito pelo contrário:
Parte das invasões pela cidade é articulada por grupos organizados que inclusive contam com apoio de integrantes de PT e PSOL.
(grifos nossos)
Resta à prefeitura a sinuca de bico: se reprime, atira no próprio eleitorado; se faz vista grossa, dá margem a ataques da oposição. Ao paulistano, resta aguardar Haddad, que já mostrou pouca habilidade em gestão de crise, como nos protestos de junho e na produção da Virada Cultural.

   BLOG do Implicante  

 

1 Comentário


  1. Carlos

    Quando escreverem a história da formação das favelas nas periferias de toda a Grande São Paulo, desde os anos 80, vão notar o quanto nesses casos os fatores políticos são tão ou mais importantes como causa do que os fatores econômicos. Essas ações de invasão estão frequentemente ligadas a promessas feitas em épocas pré-eleitorais e são consequências diretas do clientelismo político.

Nenhum comentário: