A internet é hoje a opção democrática daqueles que enfrentam o poder dos meios de comunicação tradicionais.
Permitir que a internet seja dividida em pacotes de serviço sem sentido, de qualidade duvidosa e controlada por um cartel de empresas é o fim da picadaEsta semana a Câmara dos Deputados deve votar o Marco Civil da Internet, projeto de lei que tem sido alvo de grandes interesses, especialmente do lobby das telefônicas.
Nos últimos meses tenho lutado contra o poderoso grupo das empresas de telecomunicações, que através de deputados-lobistas querem transformar a internet numa espécie de TV a cabo, onde se poderia cobrar a mais para podermos assistir a vídeos, ouvir músicas ou acessar informações relevantes.
A internet é hoje a opção democrática daqueles que enfrentam o poder dos meios de comunicação tradicionais.
Alguns deputados querem aprovar limites que irão favorecer aos provedores, que poderão usar nossos dados para vender serviços sem nossa autorização expressa.
O argumento das empresas é falso: afirmam que com pacotes diferenciados poderão baratear a internet.
Isso é tão verdadeiro como acreditar em Papai Noel.
Se permitirmos que as empresas decidam a velocidade de acesso a cada tipo de conteúdo será o fim da liberdade e das inovações que espontaneamente aparecem na rede todos os dias.
Entenda bem: permitir que a internet seja dividida em pacotes de serviço sem sentido, de qualidade duvidosa e controlada por um cartel de empresas é o fim da picada.
Um pequeno grupo de deputados, do qual faço parte, vem resistindo ao lobby patrocinado especialmente pelo PMDB, que não deve estar fazendo isso sem interesses inconfessáveis.
É bom que nas próximas horas todos os amantes da internet livre entupam as caixas de e-mails de seus deputados avisando que na eleição deste ano, o voto em cada um deles no Marco Civil da Internet será amplamente debatido pelo conjunto da população, que irá saber quem votou em defesa dela ou se derreteu pelos carinhos das empresas de telefonia.
Diga-se de passagem, as Organizações Globo e outras empresas de conteúdo também fazem parte do lobby. Será uma batalha decisiva para a liberdade de comunicação no Brasil.
Texto de Apresentação
Comentários
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Edição: Nádia Franco A partir de hoje (10), as empresas de capital aberto (com ações na Bolsa de Valores) podem divulgar comunicados em portais de internet.
Até agora, esses comunicados precisavam ser publicados apenas em jornais de grande circulação. Aprovada no mês passado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mudança entrou em vigor nesta segunda-feira.
Em vez de publicarem os fatos relevantes em meios impressos, as companhias poderão optar pela publicação eletrônica, desde que os comunicados também sejam divulgados na página da CVM na internet e no site da própria empresa.
De acordo com a CVM, órgão que regula o mercado de ações no país, a medida tem como objetivo e reduzir os custos e tornar mais rápida a comunicação de fatos relevantes pelas companhias de capital aberto.
A mudança não afeta a divulgação de balanços, que continuarão a ser publicados apenas em jornais. Inicialmente, a CVM pretendia obrigar as companhias que escolhessem a divulgação de comunicados por meio eletrônico a publicar os avisos em pelo menos três portais de notícias na internet.
Depois da consulta pública, no entanto, a obrigatoriedade passou a valer apenas para um portal, sem exigência de audiência mínima.
Atenção galera! Chegou a hora de saber que tem garrafas pra vender!
Considerado prioridade para o Palácio do Planalto, o Marco Civil da Internet pode ir a voto já nesta semana no plenário da Câmara! Toda a pressão nas Redes Sociais, no Congresso Nacional e no "traste" do Cunha!
Ô Cunha a sua batata e do seu partido, o PMDB, já tá assando, viu? Hehehe! Assistam e divulguem esse vídeo http://www.youtube.com/watch?v=6g9sUp9MOuo&feature=youtu.be