RENATO RIELLA
O ano eleitoral distorce todas as discussões. Por exemplo, em 2012 o PIB brasileiro cresceu somente 1% e não houve drama.
Em 2013, cresceu 2,3% e diversas áreas da Nação traçaram um quadro trágico.
O mesmo acontece com a Copa do Mundo. O Brasil decidiu, em 2007, assumir este compromisso com a Fifa e com o planeta.
A princípio, houve entusiasmo quase geral. Já então, se sabia que o investimento seria muito elevado.
Hoje já se fala que a Copa custará perto dos R$ 30 bilhões. Mas esta é uma despesa que envolve apenas a construção de estádios e de instalações voltadas a transporte e locomoção.
O investimento real pode chegar perto dos R$ 100 bilhões se forem computados todos os itens relacionados com a Copa do Mundo.
Por exemplo: como computar o impacto na economia brasileira da suspensão de atividades econômicas durante quase um mês?
Isso mesmo! Haverá diversos feriados extras nos dias de jogo, o que terá efeito até no baixo crescimento do PIB em 2014.
Além disso, ao longo dos meses de junho e julho, o país estará dominado pelo futebol, interrompendo rotinas e gerando baixíssima produtividade em diversas áreas.
Muita gente vai trabalhar mal e até parar de trabalhar para curtir a Copa.
Vejam aqui outro problema: como contabilizar os prejuízos gerados com as manifestações iniciadas em junho de 2013, todas alimentadas com o debate sobre a Copa?
Nos R$ 30 bilhões já calculados, não estão incluídas despesas com pessoal em todas as sedes da Copa, nem por exemplo os investimentos em comunicações e telecomunicações, que serão bilionários.
Como calcular o custo das reduções e isenções de impostos relacionados com a Copa? E como contabilizar os bilhões que a Fifa levará debaixo do braço, na moleza, depois da realização da Copa brasileira?
Imaginem quanto gastaremos com policiamento nesse período de um ano, para garantir a realização da Copa!
Tenham certeza que o Brasil estará comprometendo mais de R$ 100 bilhões para fazer uma Copa do Mundo, mas somos obrigados a reconhecer que boa parte desse dinheiro retorna, de diversas maneiras.
Jogadores brasileiros serão mais valorizados. A TV Globo certamente ganhará muito dinheiro com suas produções de altíssimo nível.
Hoteis, companhias aéreas e outras empresas vão ganhar muito dinheiro – e pagar impostos, gerando empregos.
Acreditamos que os investimentos feitos em aeroportos servirão para o progresso do Brasil nas próximas décadas.
Em compensação, muitos estádios darão grandes prejuízos nos próximos anos.
Tudo está interligado e é difícil produzir cálculos reais, mas ninguém pense que uma Copa do Mundo possa mobilizar somente R$ 30 bilhões, Multiplique isso por três ou quatro vezes.
E salve-se quem puder, de preferência com a vitória da Seleção Brasileira.
O ano eleitoral distorce todas as discussões. Por exemplo, em 2012 o PIB brasileiro cresceu somente 1% e não houve drama.
Em 2013, cresceu 2,3% e diversas áreas da Nação traçaram um quadro trágico.
O mesmo acontece com a Copa do Mundo. O Brasil decidiu, em 2007, assumir este compromisso com a Fifa e com o planeta.
A princípio, houve entusiasmo quase geral. Já então, se sabia que o investimento seria muito elevado.
Hoje já se fala que a Copa custará perto dos R$ 30 bilhões. Mas esta é uma despesa que envolve apenas a construção de estádios e de instalações voltadas a transporte e locomoção.
O investimento real pode chegar perto dos R$ 100 bilhões se forem computados todos os itens relacionados com a Copa do Mundo.
Por exemplo: como computar o impacto na economia brasileira da suspensão de atividades econômicas durante quase um mês?
Isso mesmo! Haverá diversos feriados extras nos dias de jogo, o que terá efeito até no baixo crescimento do PIB em 2014.
Além disso, ao longo dos meses de junho e julho, o país estará dominado pelo futebol, interrompendo rotinas e gerando baixíssima produtividade em diversas áreas.
Muita gente vai trabalhar mal e até parar de trabalhar para curtir a Copa.
Vejam aqui outro problema: como contabilizar os prejuízos gerados com as manifestações iniciadas em junho de 2013, todas alimentadas com o debate sobre a Copa?
Nos R$ 30 bilhões já calculados, não estão incluídas despesas com pessoal em todas as sedes da Copa, nem por exemplo os investimentos em comunicações e telecomunicações, que serão bilionários.
Como calcular o custo das reduções e isenções de impostos relacionados com a Copa? E como contabilizar os bilhões que a Fifa levará debaixo do braço, na moleza, depois da realização da Copa brasileira?
Imaginem quanto gastaremos com policiamento nesse período de um ano, para garantir a realização da Copa!
Tenham certeza que o Brasil estará comprometendo mais de R$ 100 bilhões para fazer uma Copa do Mundo, mas somos obrigados a reconhecer que boa parte desse dinheiro retorna, de diversas maneiras.
Jogadores brasileiros serão mais valorizados. A TV Globo certamente ganhará muito dinheiro com suas produções de altíssimo nível.
Hoteis, companhias aéreas e outras empresas vão ganhar muito dinheiro – e pagar impostos, gerando empregos.
Acreditamos que os investimentos feitos em aeroportos servirão para o progresso do Brasil nas próximas décadas.
Em compensação, muitos estádios darão grandes prejuízos nos próximos anos.
Tudo está interligado e é difícil produzir cálculos reais, mas ninguém pense que uma Copa do Mundo possa mobilizar somente R$ 30 bilhões, Multiplique isso por três ou quatro vezes.
E salve-se quem puder, de preferência com a vitória da Seleção Brasileira.
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