terça-feira, 11 de março de 2014

Definição dos partidos no DF beira a loucura. Nem tente entender

RENATO RIELLA

A arrumação dos partidos em Brasília deixa qualquer pessoa tonta. 

 Vejamos o caso da deputada distrital Eliane Pedrosa, nome forte da política local. 

Ela é uma representante autêntica da chamada direita e, mais do que isso, tem notórios interesses empresariais no DF. 

No entanto, logo ela, de forma contraditória, foi se abrigar no antigo Partido Comunista, o Partidão, hoje chamado de PPS. Dá para entender?

E mais: o PPS apóia nacionalmente o candidato a presidente do PSB, Eduardo Campos. 

No entanto, Eliana Pedrosa está fazendo uma coligação no DF com o PSDB e com o DEM, devendo apoiar a candidatura do tucano Aécio Neves. 

Será que isso vai dar certo? Vale registrar que, se Eliana estivesse noutro partido, seria forte concorrente ao governo do DF.

Registro que o certo seria que o candidato a governador do PSB, Rodrigo Rollemberg, escolhesse Eliane Pedrosa para ser a vice na sua chapa. 


Mas ele tem um perfil de esquerda e não pode se aliar publicamente a uma deputada de direita. Coitado do eleitor para traduzir tudo isso. Só mesmo lendo este BLOG.


Por outro lado, Rollemberg sonha em se aliar ao PSOL, o partido dominado no DF pela ex-deputada Maninha e seu marido Toninho. 


Ora, é muita ingenuidade do senador Rollemberg, pois esse partido não se junta com ninguém. Morre sozinho. Será que desta vez será diferente?


Rollemberg sonha também em ter como vice o deputado Reguffe, do PDT, que já está de viagem marcada em 2015 para entrar no Rede, o futuro partido da ex-senadora Marina Silva, hoje abrigada no PSB. Que confusão!


Acontece que a direção nacional do PDT vive pendurada na presidente Dilma Rousseff e dificilmente deixará que o seu deputado apóie o PSB. Será que Reguffe será liberado para se aliar a Rollemberg? Não acredito.


No PSDB, tudo indica que o candidato a governador será o deputado Luiz Pitiman. 


Se tiver mesmo o apoio do PPS, poderá formar uma chapa tendo Eliana Pedrosa como vice e o ex-deputado Fraga (DEM) como candidato ao Senado. Seria uma chapa forte. 

Mas tem sempre a questão do PPS, aliado do PSB. Mais confusão!

O PRTB é um partido dominado pelo ex-senador Luiz Estevão, que tem como meta eleger três ou quatro distritais. Mas essa legenda abriga nomes como Joaquim Roriz e Liliane Roriz.


Já se sabe que o ex-governador Roriz não será candidato, mas ele não diz ainda qual nome apoiará para o GDF. 


Esta família tem ainda a deputada federal Jaqueline Roriz, que corre o risco de se tornar inelegível, por causa de processo bem avançado no Supremo Tribunal Federal.


Por exclusão, acho que a família Roriz terá Liliane como a sua única representante no futuro político do DF. Nessa condição, acredito que ela acabará disputando uma vaga de deputada federal, se sua irmã sair mesmo do caminho.


Há partidos de certa expressão que estão ainda perdidos. É o caso do PR, do famigerado Arruda, e do PP, hoje sob influência do Paulo Octávio. Esses dois partidos entraram em grandes frias ao se vincularem a esses dois nomes, ambos sem futuro.


O PTB do senador Gim tem certa expressão, mas está com rumo indefinido. 


Pode acabar se aliando ao governador Agnelo Queiroz, mas este provavelmente terá na sua chapa um candidato petista ao Senado (Magela ou Chico Leite). Qual o destino do Gim?


E assim vamos. O Brasil tem cerca de 30 partidos vivos. Haja negociação!



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