RENATO RIELLA
Se já tínhamos certeza, agora temos certeza absoluta: Tadeu Filippelli disputará a eleição pelo PMDB como vice na chapa do petista Agnelo Queiroz.
Numa entrevista de página dupla, hoje, no Jornal de Brasília, ele assegura a manutenção dessa chapa. É interessante ver como Filippelli consegue apresentar um discurso em defesa do governo, mostrando muita coisa que foi feita em três anos e pouco.
Ele não cita nomes, mas lembra que o governador Agnelo recebeu o GDF das mãos do governador Rogério Rosso com suspensão de diversos contratos, entre os quais os de corte de grama, de manutenção de serviços públicos e até de coleta de lixo.
E mais: os restaurantes comunitários estavam sem contrato de manutenção. Além do mais, o GDF tinha 72 certidões vencidas, ficando alguns meses impedido de receber dinheiro federal.
O vice-governador lembra de uma época recente em que os leitos de UTI eram, na maioria, locados na rede privada. “Em três anos, nós mais do que dobramos esse número”, explica.
Tadeu defende o projeto das Carretas da Mulher, para atendimento de saúde nas cidades. Cita as quatro UPAS inauguradas, as nove clínicas da família, o Hospital da Criança, a contratação de três mil médicos e de sete mil enfermeiros por concurso.
Lembra que havia dez composições a menos no Metrô e hoje há dois mil ônibus novos, todos com câmeras, monitoramento por GPS e veículos mais seguros.
Dentro de algumas semanas o Caje será demolido, no final da Asa Norte. E o governo instituiu um programa de acolhimento de moradores de rua (nesse ponto, há muito o que se fazer, pois é visível que as ruas estão tomadas por mendigos).
Para Filippelli, é preocupante saber que, em alguns fins de semana, dois terços dos atendimentos na rede de saúde são de pessoas de fora do DF. Ele acha que podíamos ter saúde em nível da Suíça se fosse atendida somente a população brasiliense.
Essas são algumas das ótimas argumentações do vice-governador, que deveriam ter sido feitas pela área de Comunicação do GDF, se este setor não tivesse jogado fora centenas de milhões ao manter um secretário que era apelidado de Abismael.
Será que a Comunicação do governo melhorou? Provavelmente não, mas pelo menos Filippelli consegue dar um recado consistente. Pena que nos debates da campanha eleitoral ele não poderá ir representando a chapa.
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