Pelo menos 70 pessoas foram para a frente do estabelecimento, com isopores cheios de bebidas
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Frequentadoras assíduos do bar Piauí, na 403 Sul, fizeram um protesto simbólico na noite de ontem, em frente ao estabelecimento, depois de a Secretaria da Ordem Pública e Social (Seops) e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) terem fechado as portas do local por excesso de barulho.
Com isopores cheios de bebida e a promessa de passar a noite no local, os manifestantes alegam que o fato de o bar não tocar música, fechar sempre antes das 2h e ser um local clássico da noite candanga são motivos de sobra para mantê-lo aberto.
A fiscalização que ocasionou o fechamento do bar ocorreu após denúncia de moradores.
No sábado passado, a equipe mediu uma intensidade do som ambiente com picos de 70 decibéis (dB), depois de 0h.
O limite para esse horário, em área residencial, é de 45 dB. Segundo a Seops, o barulho vinha de um som mecânico, mas o dono do bar, Francisco Augustinho, conta que não tem música no boteco.
“Lá tem só uma televisão que fica ligada, às vezes, para assistirem jogo. Eu me preocupo, meus garçons param de servir à 1h. O barulho é questão de casos isolados, conversação. Mas esse é o mesmo problema de qualquer quadra de comércio no Plano Piloto”, ressaltou.
Multas
De acordo com a Seops, o estabelecimento foi advertido em junho de 2012, para investir em um isolamento acústico. Em novembro do mesmo ano, após denúncia, ele recebeu uma multa de R$ 4 mil pela utilização de um som mecânico com barulho acima do permitido. Desta vez o empresário terá que desembolsar R$ 20 mil em multa. Os empresários ainda contabilizam um prejuízo de pelo menos R$ 12 mil em faturamento nestes dias de portas fechadas.
Movimento próximo às residências
Por volta das 21h, o grupo que antes protestava em frente à
distribuidora foi para os fundos do estabelecimento, próximo à área
residencial. Até este horário, cerca de 70 pessoas faziam parte do
movimento.
“Trata-se de uma ação arbitrária. Porquê não fecharam outros
bares também?”, questionou Marcos Maeta, que frequenta o local há mais
de dez anos. O advogado Paulo de Tarso, que há 12 anos vai ao
estabelecimento, ressalta que “o Piauí respeita os vizinhos.”
A Lei do Silêncio determina limites para a emissão de barulho, de
acordo com o tipo de ocupação e o horário em que o som é emitido.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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