Robótica
Cérebro artificial de abelha faz robô aprender na hora
Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/02/2014
Tanto o robô quanto o cérebro simulado são muito simples - mas os
resultados impressionaram.
Robô com cérebro de abelha
Graças a um brasileiro, abelhas ciborgues já estão voando na Austrália, implantadas com mochilas eletrônicas.
Lovisa Helgadottir, da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha,
preferiu fazer o contrário, usando o cérebro das abelhas para controlar
seu robô.
O resultado é um marco no campo da inteligência artificial e da reprodução de redes neurais em computador.
Usando um modelo relativamente simples do sistema nervoso das
abelhas, Helgadottir criou um robô que é capaz de perceber estímulos
ambientais e reagir a eles.
Cérebro simulado
O cérebro do robô é uma simulação em computador da rede
sensório-motora do cérebro da abelha. O programa coordena os motores do
robô, definindo a direção do seu movimento.
O grande destaque do trabalho é a capacidade desse cérebro simulado,
muito rudimentar, de aprender a partir de princípios simples.
"De forma muito semelhante a como as abelhas aprendem a associar
certas cores de flores a um néctar mais saboroso, o robô aprende a
abordar determinados objetos coloridos e a evitar outros," explicou
Martin Nawrot, orientador do trabalho.
Inicialmente, quando a câmera do robô focou em um objeto com a cor
desejada - vermelha - os cientistas acenderam uma luz que funcionava
como um prêmio para o robô, algo como se ele tivesse localizado comida
ou feito algo da maneira correta. Para isso, um sensor no robô detecta a
luz e aciona a célula nervosa do sistema de recompensa do cérebro
artificial.
Com o sistema de recompensa ativado, quando o robô viu um outro
objeto vermelho, ele começou a se mover em direção a ele.
Itens azuis,
por outro lado, o faziam andar para trás.
"Em uma questão de segundos o robô realizou a tarefa de encontrar um
objeto na cor desejada e se aproximar dele," explicou Nawrot.
"Só foi
necessário um único exercício de aprendizagem, o mesmo observado
experimentalmente com as abelhas."
Os cientistas estão planejando agora expandir a rede neural do
cérebro artificial, inserindo nele mais princípios de aprendizagem.
Assim, o minicérebro vai se tornar ainda mais poderoso, e o robô mais autônomo.
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