Daniel Cardozo
daniel.cardozo@jornaldebrasilia.com.br
Depois de muito tempo em discussão, a TV Legislativa dá sinais de que está próxima a voltar à ativa.
Está previsto para abril o lançamento do edital de licitação que vai escolher a empresa que implementará o veículo de comunicação da Câmara.
Com uma previsão orçamentária de R$ 8,8 milhões por ano, o canal de televisão pode sair ainda este ano.
A promessa é antiga e já houve várias tentativas, mas não houve sucesso em colocar em prática a TV.
O projeto é debatido há mais de dois anos e a expectativa da presidência da Casa é implantar o canal até o fim do ano, quando acaba a legislatura atual.
A última investida começou em novembro do ano passado, e agora pode estar chegando a um desfecho.
Expansão
O único instrumento que difunde o trabalho dos deputados é uma ainda a TV web.
Pelo site da Câmara e por alguns canais de televisão por assinatura, o cidadão pode acompanhar as sessões no Plenário, com transmissão em baixa resolução e imagens feitas por apenas uma câmera.
O novo projeto deve abrigar aproximadamente 50 profissionais, contratados por uma empresa terceirizada, que será escolhida por licitação. Com isso, a promessa é levar ao ar uma programação completa de tudo que acontece na Câmara Legislativa, sem se restringir apenas às sessões Plenárias.
O prédio já possui inclusive os espaços para abrigar a estrutura de que uma TV precisa para entrar no ar.
O presidente da Câmara, deputado Wasny de Roure (PT), explica que os trâmites já estão adiantados para a publicação do edital. “Tivemos um parecer da procuradoria da casa, que pediu para que fizéssemos algumas alterações. Com essas correções feitas, o projeto vai passar por vários setores, até que o edital seja publicado. Seguirá os moldes da TV Justiça, conforme uma recomendação do Ministério Público”, explicou.
Compromisso
A Mesa Diretora autorizou que o processo tivesse encaminhamentos dentro da casa. E segundo o vice-presidente, Agaciel Maia (PTC), os deputados têm cobrado que a TV entre no ar neste ano. “É um compromisso da Mesa. Talvez seja a única assembleia sem canal de televisão. Já existem outras 70 assembleias com TV e colocar a nossa para funcionar é uma necessidade”, disse.
Agaciel vê a implantação com bons olhos, uma vez que pode servir para mudar a imagem negativa do Legislativo local. Ele acredita que um outro instrumento pode auxiliar na aproximação com a população. “As pessoas precisam saber o papel da Câmara, de reduzir, aumentar impostos e outras funções, todas passam por aqui.
Vai ser um meio de acompanhar o que o deputado tem feito e se vale a pena votar nele de novo. Mas acho que também é necessário um telefone 0800 para colher sugestões e para completar a participação popular”, sugeriu.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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