domingo, 27 de abril de 2014

Esse vereador de São Paulo em vez de falar bobagens, deveria deixar de ser cara de pau e explicar porque tentou transformar a morte de JK em crime político e foi desmascarado pela 'CNV'





Morte de Malhães pode inibir pessoas a prestarem depoimento, diz presidente de comissão em SP


Segundo Adriano Diogo (PT), assassinato pode funcionar como um “cala-boca”



[quanto a calar a boca das pessoas que incomodam a petralhada tem conhecimento de causa, o caso Celso Daniel e o do Toninho do PT são excelentes exemplos. DETALHE: nada impede que o coronel Malhães tenha sido assassinado por algum REVANCHISTA, já que sua conduta de fornecer determinada informação e logo depois mudar tudo não era das mais convenientes aos revanchistas.]


w.d. de Comissão da Verdade do RJ, fala em “queima de arquivo”

A morte do coronel Paulo Malhães pode inibir outras pessoas a contarem o que sabem nas investigações sobre crimes cometidos durante a ditadura militar, opina o deputado Adriano Diogo (PT), presidente da Comissão Estadual da Verdade de São Paulo. Mesmo antes da morte de Malhães, que assumiu ter participado de assassinatos, tortura e desaparecimento de presos políticos, testemunhas chamadas a dar esclarecimentos na comissão municipal haviam relatado sofrer ameaças, de acordo o vereador Gilberto Natalini (PV), presidente do grupo. 

 — Para nós, que fazemos as comissões da verdade, a morte do Malhães é uma péssima notícia. Muitos vão dizer que parece ser queima de arquivo. Para mim é um cala-boca, o que é mais grave. As pessoas que forem chamadas a depor a partir de agora podem pensar: “se eu abrir o bico, alguém vai calar minha boca” 

disse o deputado Diogo.Segundo ele, o assassinato de Malhães mostra que uma página da história do Brasil ainda “não foi completamente virada”:

Ainda não sabemos o que aconteceu direito. Mas o Malhães era um cara importante dentro da estrutura da ditadura. E ele fez revelações importantes sobre como a repressão funcionava. Deve ter desagradado muitos colegas de farda. A impressão que dá é que a ditadura não acabou. Essa página da história do Brasil ainda não foi completamente virada. Dá a impressão de que a morte dele foi algo pensado.


O vereador Natalini acredita que existam, no Brasil, forças interessadas em evitar que alguns fatos sobre o regime militar não sejam revelados. Ele lembra o caso do coronel Júlio Miguel Molina, que foi chefe do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), em 1981. 

Molina, que era colecionador de armas, assim como Malhães, foi morto em 4 de novembro, numa tentativa de assalto em Porto Alegre. Na casa dele, foram encontrados documentos sobre o ex-deputado Rubens Paiva.  

— Esses dois casos têm que ser profundamente investigados porque aí tem dente de coelho. — afirmou Natalini. — Temos um caso, aqui em São Paulo, de um brigadeiro que entrou em contato com nossa comissão dizendo que queria dar depoimento. Depois, acabou desistindo. O próprio Cláudio Guerra (ex-delegado do DOPS) nos disse em depoimento que estava sofrendo ameaças e teve que viajar a São Paulo escondido para nos ajudar com algumas informações recentemente.

‘Foi queima de arquivo’, diz representantes de vítimas da ditadura

 
O presidente da Comissão de Mortos e Desaparecidos do governo, Marco Antônio Barbosa, afirmou que, aparentemente, a morte de Malhães foi uma queima de arquivo. 


— Aparentemente, pelo noticiário, foi uma queima de arquivo. Diversas violências foram praticadas nesse crime e que, com certeza, tem envolvimento de outras pessoas. É a hipótese que levanto. E acho que, como forma de restauração do direito à verdade, que é o que se discute nesse momento, é fundamental que esse crime seja apurado com a rapidez necessária — disse Barbosa, que defende a presença da Polícia Federal na investigação. 

— O que posso dizer é que, no período que a Polícia Federal interveio nos assuntos no Araguaia (nas apurações do que ocorreu na guerrilha), a colaboração foi permanente nas descobertas daqueles episódios. Teve um comportamento exemplar. 

O presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio, w.d. por sua vez, acredita que a morte do coronel reformado Paulo Malhães tenha sido queima de arquivo. 


— Na minha opinião, é possível que o assassinato do coronel Paulo Malhães tenha sido queima de arquivo. Ele foi um agente importante da repressão política na época da ditadura e era detentor de muitas informações sobre fatos que ocorreram nos bastidores naquela época.
 
O coronel é ex-agente do Centro de Informações do Exército (CIE) e, em depoimento na Comissão da Verdade, assumiu o envolvimento em torturas, mortes e ocultação de corpos de vítimas da repressão. Foi a primeira vez que se confirmou as práticas de tortura na chamada Casa da Morte, em Petrópolis.

A notícia da morte de Malhães chocou a jornalista Rose Nogueira, que foi presa política em 1969, quando foi separada do filho que tinha cerca de um mês de vida, e dividiu cela com a presidenta Dilma Rousseff em São Paulo: 


— Essa notícia é um horror. Sou uma defensora dos direitos humanos e nunca vou achar um assassinato legal. Me choquei profundamente com o que ele falou aos jornais. Veio logo a lembrança da banalidade do mal. Ele era um assassinato confesso que estava em liberdade. Mas nada justifica isso. Justiça não é isso.

Em nota, a Comissão da Verdade de São Paulo “Rubens Paiva” manifestou “surpresa e preocupação” com o assassinato do ex-coronel do Exército Paulo Malhães. 



De acordo com a nota, “as circunstâncias em que ocorreu o assassinato de Paulo Malhães, no interior de sua própria residência, sem que nada tenha sido subtraído e na presença de seus familiares, indicam a necessidade de uma apuração rigorosa e célere dos fatos para que se desvende, o mais rápido possível, a motivação desse crime”.

Procurado pelo GLOBO, o jornalista e escritor Marcelo Rubens Paiva, filho do ex-deputado Rubens Paiva — [supostamente] morto, sob tortura, nas dependências do Doi-Codi do Rio —, afirmou que não tem nada a falar sobre o assassinato do coronel.

encerrando com uma pergunta feita em POST anterior: quem é estúpido o bastante, aloprado o suficiente, para cometer um crime de homicídio,  nos dias atuais, para esconder supostos delitos do passado que, caso tenham ocorrido, estão devidamente anistiados?




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