Alguém já ouviu
falar na “República de Londrina”? Quem conhece a política paranaense a fundo
garante que é o grupo de lá quem domina os negócios mais lucrativos no
desgoverno federal do PT. Eles dividem a hegemonia com os paulistas: o
presidentro Lula, os reeducandos José Dirceu e José Genoíno, e os bem educados
Antônio Palocci Filho, Aloísio Mercadante e Guido Mantega. A Presidenta Dilma
Rousseff – que posa de gerentona – é uma mera marionete de todos eles. Por
isso, perderá a reeleição com o afundamento do PTitanic no oceano de lama.
Têm origem política
em Londrina: Gilberto Carvalho, Paulo Bernardo, Gleise Hoffman, Miriam
Belchior, André Vargas (agora em desgraça) e o falecido deputado federal, salvo
pela morte da condenação no Mensalão, José Janene. Pelo menos os dois últimos,
vivos ou mortos politicamente, sempre tiveram relações de grana com o doleiro
Alberto Yousseff, também de Londrina, poderosíssimo porque sua família opera
para o grande capital da comunidade judaica e libanesa no Brasil. Youssef é
sócio de Paulo Roberto Costa – ex-diretor da Petrobras que agora se diz jurado
de morte.
O empresário Hermes
Magnus, dono da empresa Dunel Ltda, que foi sócio do falecido deputado
mensaleiro José Janene, revelou à revista IstoÉ o impressionante esquema de corrupção
operado por Alberto Youssef, com ramificações nos Correios, que dá uma dimensão
de como agia a facção criminosa da República de Londrina. Assustadora é sua
versão sobre o poder do esquema: “Janene batia no peito para dizer que só ele e
o Zé Dirceu poderiam derrubar o Lula. Mas que o mensalão é da política, sempre
existiu. O Janene distribuía dinheiro para políticos em sua Mansão. Dava
churrasco todo sábado. Vi lá o deputado André Vargas, o ex-prefeito Barbosa
Neto, a quem deu R$ 150 mil. O deputado João Pizolatti, PP, estava sempre lá”.
A Operação Lava
Jato ameaça passar o rodo na cúpula da República Sindicalista do Brazil,
começando pela animada turma de Londrina. Por isso, está aberta a temporada de
traições e riscos concretos de mortes para aqueles que são arquivos-vivos de um
esquema de corrupção nunca antes visto na história deste Brasil. O primeiro a
dar um sinal concreto de que a coisa beira a fatalidade é Paulo Roberto Costa –
que já é réu pelas maquiagens para lavar dinheiro desviado de contratos da
Petrobras. O problema é que ele não falou a verdade no bilhete ao advogado, no
qual relata ter sido ameaçado por um agente federal, na carceragem provisória
da Superintendência da PF, em Curitiba.
A versão não
contada – que vazou ontem à tarde, é que Paulo Roberto recebeu um recado de
dois outros presos provisórios, na ida para o banho de sol. A dupla advertiu
Paulo que “dois caras viriam presos de Brasília para fazê-lo”. Na linguagem das
cadeias, fazer alguém significa “assassinar”. Mesmo não acreditando na versão
de Costa sobre a ameaça vinda de um policial federal, o juiz Sérgio Moro, da 13ª
Vara Federal, já determinou que ele seja transferido para uma ala de presos
especiais do Presídio Estadual de Paraquara II, na região metropolitana de
Curitiba. Preso desde março, por tentativa de destruição de provas, Paulo tende
a passar um bom tempo hospedado na cadeia. A PF abriu um procedimento
administrativo e um inquérito para apurar o que de fato aconteceu com Costa em
suas dependências.
Outro cabra
ameaçado de morte é o principal arquivo-vivo da transferência de grana roubada
e lavada no esquema do Mensalão. Como o Alerta Total já tinha antecipado (vide
a nota “Vade retro”, na edição de 6 de fevereiro), a Itália vai devolver ao
Brasil o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato,
condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e
lavagem de dinheiro na Ação Penal 470. Contra Pizzolato pesa o fato de, mesmo
tendo dupla cidadania tupiniquim-italiana, ter fugido daqui usando o passaporte
falsificado em nome do irmão Celso Pizzolato, morto em 1978.
O Procurador do
Ministério Público italiano, Alberto Candi, já se manifestou à Corte de
Apelação de Bolonha pela extradição daquele que promete ser um dos mais
incômodos personagens para a petralhada em plena véspera da reeleição perdida. Entregar
Pizzolato (ainda preso por falsidade ideológica e documental) será o troco dos
italianos pelos petistas terem dado asilo ao ex-terrorista e ativista de
esquerda Césare Battisti... O pior é que a Itália deve mandar junto todas as provas
de transferências bancárias feitas na França, na Suíça e na própria Itália.
Pizzolato teria usado nomes de italianos e marroquinos como “laranjas” para
enviar dinheiro ao Brasil.
Antes que se
desfaça a dúvida se Pizzolato realmente corre risco de vida ao voltar ao Brasil
(como alegam seus defensores), complica-se a situação de outro personagem
candidato a fazer companhia a Celso Daniel (prefeito de Santo André
sequestrado, torturado, seviciado e assassinado em 2002 – um cadáver
politicamente insepulto de um crime nunca esclarecido de verdade que apavora a
cúpula petista). O candidato a arquivo-morto chama-se André Vargas que se
desfiliou ao PT semana passada, muito PT da vida por ter sido abandonado pelo
comando partidário. A mágoa maior de André é com ninguém menos que Luiz Inácio
Lula da Silva – a quem atribui ter sido o autor de seu “justiçamento partidário”.
André só continua
deputado federal, até quando der, para não ser imediatamente preso. Só a parte
do processo da Operação Lava Jato que liga seu nome ao doleiro Youssef já tem
60 mil páginas. Seu caso deve superar o volume do gigantesco processo do
Mensalão, já que a Polícia Federal ainda precisa transcrever o teor de 27 HDs apreendidos
na Lava Jato. Mas o que mais apavora a petralhada é o teor nos dois
computadores apreendidos na sede da Petrobras. Lá podem estar as memórias de
negócios de Paulo Costa com o doleiro Youssef, na triangulação com André
Vargas, e outros personagens ainda menos votados, mas que logo devem aparecer
nas páginas policiais.
Para descontrair de
tanta sacanagem, as intercepções telefônicas legais das Operações Miqueias (que
apura fraudes em fundos de previdência municipais) e da Lava Jato já servem até
de inspiração para um filme do gênero comédia romântica. A coluna de Felipe
Patury, na revista Época, revela que, em 28 de fevereiro, às 8h 33min, o
doleiro Yousseff e o deputado federal baiano Luiz Argôlo (Solidariedade)
mantiveram um papo pra lá de carinhoso. Argôlo soltou: “Você sabe que eu tenho
um carinho por você e é muito especial”. Como Youssef respondeu “e eu idem”, o
parlamentar abriu o coração: “Queria ter falado isto ontem. Acabei não falando.
Te amo”. Youssef retribuiu: “Eu amo você também! Muitooooooooooo”.
Não se sabe se,
nesse caso, dá para provar a tese de que o amor verdadeiro seja um contraegoísmo...
Mas o deputado federal baiano merecia ganhar de presente um CD com o sambinha
do Jards Macalé com a antológica música com letra de uma palavra só: “Coração”.
De novo Luiz Argôlo, agora em uma das 400 trocas de mensagens do doleiro Faued
Traboulsi. O papo amoroso foi na saída do aeroporto de Brasília, onde o
parlamentar era aguardado pelo homem das verdinhas para a carona em uma BMW X6
branquinha. Segundo relato da coluna de Ricardo Boechat, na revista IstoÉ,
Faued comemora: “Estamos bem, hein!”. E Argôlo complementa: “A gente vai
dominar este País!”
“Tá tudo dominado” –
como se diz na gíria da marginalidade... Infelizmente, o domínio não se dá
através do amor verdadeiro... Mas através de uma evidente paixão pela
corrupção, mexendo com o instinto basicamente macabro do ser humano na
sociedade capitalista, sempre correndo atrás de dinheiro, sexo e poder... O
caso concreto, no estágio atual dos escândalos da Lava Jato, Porto Seguro e
operações afins, é que existe alto risco de morte de muitos envolvidos cuja
memória representem risco para a cúpula da organização criminosa. Infelizmente,
muita gente pode morrer. Mas não vai morrer de amor... Com certeza...
Coração, ai
Coração...
Reprodução do show
do Jards Macalé, em 2009, no Hotel Pequena Suécia, em Penedo.
Muito divertido, no YouTube do Paulo Vieira Ramos de Assis.
Muito divertido, no YouTube do Paulo Vieira Ramos de Assis.
Segredinho
milionário da Presidenta
Será que o coração
da Presidenta Dilma Rousseffa aguenta vir a público para explicar e justificar
que 98,5% das despesas de seu gabinete sejam protegidas pela rubrica “Secreta”,
em nome da segurança nacional?
Bem que a oposição
podia aproveitar para perguntar a Dilma como ela gastou, só este ano,
secretamente, R$ 1.013.459,93 do total de R$ 1.027.432,09 torrados até agora
pela Presidência da República.
Mais de um milhão
de reais consumidos sigilosamente, via cartão corporativo da Presidência da
República, é segredo caro demais até para justificar as despesas especiais do
Agente 171 da República Sindicalista do Brazil...
Passadilma
Terça-feira têm
mais cabras marcados para se ferrarem.
A Comissão de Ética
da Presidência da República tende a pedir a abertura de processo contra o
ex-diretor internacional da Petrobras e financeiro da BR Distribuidora, Nestor
Cerveró – autor do dossiê incompleto que teria induzido Dilma, então “presidente”
do Conselho de Administração da Petrobras a aprovar o péssimo negócio de compra
da sucata da refinaria Pasadena, no Texas (EUA).
A mesma comissão
também deve detonar Paulo Roberto Costa – certamente recomendando que o réu da
Lava Jato nunca mais possa fazer parte do serviço público federal...
Golpe de Verdade do
Crime Organizado
Releia o artigo de
Antônio Ribas Paiva: Roleta Viciada é Golpe de Estado
PT em transe
Por falar em morte, quem já morreu foi a candidatura do Alexandre Padilha...
Literalmente, a pretensão dele foi lavada a jato...
Por isso, a oposição já recomenda: "Vai pra casa, Padilha"...
Vida que segue... Ave
atque Vale! Fiquem com Deus.
O
Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e
provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com
conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é
Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta
Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração
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Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
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