quarta-feira, 9 de abril de 2014

Poluição deixa patos verdes no interior de São Paulo e árvores mal humoradas.Vejam a expressão delas!







Eduardo Schiavoni
Do UOL, em Americana (SP)



Poluição deixa patos verdes no interior de São Paulo

 

8.abr.2014 - A plumagem de patos, geralmente branca, foi tomada pelo verde, cor conferida devido à poluição no rio Atibaia, causada por despejo de esgoto sem tratamento, gerou a reprodução descontrolada de cianobactérias e algas na represa de Salto Grande, em Americana (127 km de São Paulo).


As algas e cianobactérias, de coloração verde, liberam toxinas e, em casos extremos, a morte dos animais.Em alta quantidade, a presença das cianobactérias é prejudicial à saúde humana. Na semana passada e nesta semana, houve o registro de mortandade de patos sem causa aparente Leia mais Divulgação/Barco Escola


A poluição no rio Atibaia, causada por despejo de esgoto sem tratamento, gerou a reprodução descontrolada de cianobactérias e algas na represa de Salto Grande, em Americana (127 km de São Paulo). Lá, a plumagem de patos, geralmente branca, foram tomadas pelo verde, cor conferida à água pelos microoganismos. Em alta quantidade, a presença das cianobactérias é prejudicial à saúde humana.



As algas e cianobactérias, de coloração verde, liberam toxinas e, em casos extremos, a morte dos animais. Na semana passada e nesta semana, houve o registro de mortandade de patos sem causa aparente.



Ao homem, entre as consequências da ingestão da água da represa estão a diminuição dos movimentos, prostração, cefaleia, febre, dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia e hemorragia intra-hepática.



Já para quem tiver contato com a água contaminada, pode haver irritação ou erupções na pele, inchaços dos lábios, irritação dos olhos e ouvidos, dor de garganta e inflamações nos seios da face, além de asma.



Segundo o biólogo Carlos Zappia, presidente da Associação Barco Escola, que desenvolve trabalhos de preservação ambiental na represa e que registrou a coloração verde na área e nos animais, há, hoje, o total de cianobactérias e algas na represa aumentou pelo menos 500% em quatro anos.


"Esses organismos representam significativos níveis de toxicidade que acabam sendo incorporados à cadeia alimentar, incluíndo peixes, podendo levar a um desequilíbrio do ecossistema local, além de causar danos à saúde humana", disse.

Tratamento

 

A represa de Salto Grande, utilizada para a produção de energia, é formada a partir do represamento do rio Atibaia. Segundo Zappia, o risco da multiplicação sem controle de microrganismos no reservatório começou a ser debatido há quatro anos.



Em 2010, o alerta foi lançado no Comdema (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) de Americana, mas poucas ações foram tomadas desde então.
Para que o problema seja resolvido, é necessário que todas as cidades que despejam efluentes no Atibaia passem a tratar o esgoto de forma completa.



"Alguns esforços se mostram necessários para a solução desse problema, mas nenhum destes será eficaz enquanto não houver um tratamento pleno e eficaz dos efluentes lançados no Rio Atibaia e seus afluentes", afirma o biólogo e gestor ambiental Denis Marto.



Árvore do Minhocão 'muda de humor' de acordo com a poluição do ar

 

20.mar.2014 - Para marcar a Semana Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, que começou em no último dia 16 de março, o projeto "Árvore que Sente", do IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas), projetou na noite de quarta-feira (19) sete vídeos em 3D em árvores do entorno no elevado Presidente Costa e Silva, conhecido como Minhocão, no centro de São Paulo.


A ideia era criar expressões faciais nas árvores de acordo com os índices de poluição no local, fornecidos pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). 



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