sábado, 10 de maio de 2014

Datafolha inventa índice para maquiar popularidade da Dilma.


O camelo é um cavalo criado pelas mesmas pessoas que criaram o Índice de Avaliação Presidencial do Datafolha. Não tem bicho mais feio!
 
 
Ontem, a Folha de São Paulo, diante da pesquisa realizada pelo Datafolha que indica segundo turno, inventou uma manchete para blindar Dilma. Em vez de informar o leitor que “Aécio cresce quatro pontos e eleição tem segundo turno”, preferiu dizer “Aécio cresce quatro pontos e diminui chance de Dilma ganhar no primeiro turno”. Ora, ficou implícito, na manchete de capa, que se não ganhar no primeiro, a atual presidente ganhará no segundo turno.

Como se isso não bastasse, o Datafolha informa que criou um “índice simplificado de avaliação dos presidentes”. Um cálculo que sintetiza a popularidade de cada mandatário num só número. Funciona assim: com base nos resultados de uma pesquisa, subtrai-se a taxa de menções negativas (ruim/péssimo) da taxa de menções positivas (ótimo/bom); para evitar números negativos, soma-se 100 ao resultado.

O índice final será um número entre 0 e 200. Se ficar acima de 100, a avaliação é considerada positiva. Abaixo de 100, negativa. O resultado de um mandato é a média de todos os índices do período.

O índice atual de Dilma, conforme os dados da última pesquisa (7 e 8 de maio), é 115. Ligeiramente positivo. Na série desde o governo Collor (1990-1992), quem obteve um resultado final mais próximo disso foi Itamar Franco, com média 105. Nesse caso, a taxa 105 de Itamar é resultado da média obtida por ele em 16 pesquisas durante seu mandato.

Levando em consideração os resultados de 16 pesquisas desde 2011, Dilma alcança índice médio 153 no modelo criado pelo Datafolha. Perde para o segundo mandato de Lula (média 183). Mas ganha de Collor (78, o pior da série), de Itamar (105), dos dois mandatos de FHC (134 e 81) e ainda do primeiro mandato de Lula (139).

A série histórica não tem o menor valor científico, a não ser puxar o saco do governo federal. Mauro Paulino, diretor do Datafolha, é mestre em dizer que “ pesquisa é o retrato do momento”. Contra seus próprios argumentos,  pegou diversos "retratos" para montar esta farsa estatística. Um verdadeiro camelo, que é um cavalo criado em instituto de pesquisa que lambe os pés do governo.
 

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