O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quinta-feira (8) que "o Estado brasileiro não aceitará violência" nos protestos e classificou de "vandalismo" a depredação de patrimônio nas manifestações.
A apenas 35 dias do início da Copa do Mundo, uma onda de protestos voltou a ocorrer nesta quinta-feira no país. A maior parte dos atos foram direta ou indiretamente relacionados à realização do Mundial.
Para Cardozo, as manifestações estão ocorrendo por situações locais em cada cidade. "No Rio de Janeiro nós tivemos um problema localizado, específico no que diz respeito a um problema das empresas de ônibus e empregados, uma situação muito ruim", disse o ministro.
Em São Paulo, os atos por moradia foram suspensos após a presidente Dilma Rousseff aceitar encontrar representantes do grupo. A reunião aconteceu durante inauguração do Itaquerão, que vai abrir a Copa.
Além do Rio, ocorreram atos em ao menos mais cinco Estados. Na capital paulista, foram cinco frentes de protestos, que tiveram inclusive invasão e sedes de três empreiteiras que fazem obras da Copa –Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez. Houve pichação nos locais.
"Não tenho a menor dúvida de que situações em que o patrimônio público é depredado e eu tenho ônibus incendiados é vandalismo, é crime e não podemos aceitar isso. As pessoas têm direito de reivindicar, mas não podemos tolerar vandalismo. Ilícito penal tem que ser punido rigorosamente, temos que identificar pessoas que não estão se manifestando pacificamente e estão trazendo violação ao direito do outro", afirmou Cardozo, após cerimônia no Ministério da Justiça.
O ministro defendeu que os protestos sejam pacíficos. "Temos que buscar enfrentar nossos conflitos de forma pacífica, civilizada, o Estado brasileiro não aceitará violência", afirmou.
Questionado sobre o projeto de lei do vandalismo, discutido desde fevereiro pelo governo federal para coibir vandalismo nos protestos e ainda não aprovado no Congresso, Cardozo disse acreditar que ainda há tempo para a aprovação antes do início da Copa.
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