Após perder o comando das
empresas (decretadas falidas pela Justiça) e ser proibido de entrar
nelas (por ameaças aos interventores), o deputado federal João Lyra -
congressista mais rico do País - foi destituído da presidência estadual
de seu partido, o PSD, em Alagoas. A decisão é do presidente nacional,
Gilberto Kassab.
O novo presidente é o deputado estadual Dudu Holanda
(PSD), que será candidato a uma cadeira na Câmara dos Deputados. Lyra é
candidato à reeleição.
“Ele convidou a mim e ao presidente João Lyra, que não
compareceu, e nos fez relembrar os compromissos nacionais assumidos, bem
como os compromissos locais, como o apoio ao PMDB”, explicou Holanda,
ao citar Kassab e João Lyra.
Lyra se recusou a apoiar o PMDB em Alagoas e declarou
que o PSD no Estado estaria ao lado do PP, do senador Benedito de Lira,
candidato ao governo. O PSD , em Alagoas, é ligado ao presidente do
Senado, Renan Calheiros, e ao senador Fernando Collor (PTB). Nesta
sexta, os 14 partidos da frente de oposição - incluindo o PSD - lançaram
Collor à reeleição e o deputado federal Renan Filho (PMDB) ao governo.
Em nota, João Lyra negou a decisão de Kassab.“O PSD/AL
foi constituído em 2011, assim como seu comando, e seus dirigentes
permanecem no cargo até 2014”.
Falido, por decisão do Tribunal de Justiça, João Lyra
tem uma fortuna declarada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de R$ 200
milhões e uma dívida de R$ 2 bilhões. Os funcionários de suas empresas -
em Alagoas e Minas Gerais - não recebem há, pelo menos, quatro meses.
Bancos brasileiros e europeus estão entre os seus credores.
Especial para Terra
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