sábado, 10 de maio de 2014

Ten PMESP ALBERTO MENDES JÚNIOR - 44 anos do seu covarde assassinato pelo porco traidor e desertor Carlos Lamarca


 10/05/70 – ALBERTO MENDES JÚNIOR - 1º Tenente PMESP

(Não devemos esquecer)

BLOG PRONTIDÃO



Ten PMESP Alberto Mendes Junior - Promovido a capitão  por ato de bravura
 
Nos dias 16/04/70 e 18/04/70 foram presos no Rio de Janeiro, Celso Lungaretti e Maria do Carmo Brito, ambos militantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), uma das organizações comunistas que seguia a linha cubana.  


Ao serem interrogados os dois informaram que desde janeiro/70, a VPR, com a colaboração de outras organizações comunistas, instalara uma área de treinamento de guerrilhas, na região de Jacupiranga, próxima a Registro, no Vale da Ribeira, no Estado de São Paulo, sob o comando do ex-capitão do Exército, Carlos Lamarca.  

Pátio da ROTA - homenagem ao capitão ALBERTO MENDES JÚNIOR, assassinado há 44 anos, HERÓI das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar - ROTA



No dia 19/04/70, tropas do Exército e da Polícia Militar do Estado de São Paulo foram deslocadas para a área, para verificar a autenticidade das declarações dos dois militantes presos e neutralizar a área, prendendo, se possível, os seus 18 ocupantes. No início de maio/70 uma parte da tropa da Polícia Militar foi retirada da área, permanecendo, apenas, um pelotão.  


Como voluntário para comandá-lo, apresentou-se um jovem de 23 anos, o Tenente Alberto Mendes Júnior. Com 5 anos de Polícia Militar, o Tenente Mendes era conhecido, entre os seus companheiros, por seu espírito afável e alegre e pelo altruísmo no cumprimento das missões. Idealista, acreditava que era seu dever permanecer na área, ao lado se seus subordinados.


No dia 08/05/70, 7 terroristas, chefiados por Carlos Lamarca, que estavam em uma pick-up, ao pararem num posto de gasolina em Eldorado Paulista, foram abordados por policiais que, imediatamente, foram alvejados por tiros que partiram dos terroristas que ocupavam a pick-up e que após o tiroteio fugiram para Sete Barras. Ciente do ocorrido, o Tenente Mendes organizou uma patrulha, que, em duas viaturas, dirigiu-se de Sete Barras para Eldorado Paulista. 


Cerca das 21:00 horas, houve o encontro com os terroristas que estavam armados com fuzis FAL enquanto que os PMs portavam o velho fuzil Mauser modelo 1908. Em nítida desvantagem bélica, vários PMs foram feridos e o Tenente Mendes verificou que diversos de seus comandados estavam necessitando urgentes socorros médicos.


ASSASSINATO DO TENENTE ALBERTO MENDES JÚNIOR



Um dos terroristas, com um golpe astucioso, aproveitando-se daquele momento psicológico, gritou-lhes para que se entregassem. Julgando-se cercado, o oficial aceitou render-se, desde que seus homens pudessem receber o socorro necessário. Tendo os demais componentes da patrulha permanecido como reféns, o Tenente levou os feridos para Sete Barras.  


De madrugada, a pé e sozinho, o Tenente Mendes buscou contato com os terroristas, preocupado que estava com o restante de seus homens. Encontrou Lamarca que decidiu seguir com seus companheiros e os prisioneiros para Sete Barras


Ao se aproximarem dessa localidade foram surpreendidos por um tiroteio, ocasião em que dois terroristas Edmauro Gopfert e José Araújo Nóbrega desgarraram-se do grupo e os cinco terroristas restantes embrenharam-se no mato, levando consigo o Tenente Mendes. Depois de caminharem um dia e meio na mata, os terroristas e o Tenente pararam para descansar. 

Tributo a Alberto Mendes Jr - Sargento Lago


Nesta ocasião Carlos Lamarca, Yoshitame Fugimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se e formaram um tribunal revolucionário que resolveu assassinar o Tenente Mendes pois o mesmo, pela necessidade de vigiá-lo, retardava a fuga. Os outros  dois, Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima, ficaram vigiando o prisioneiro.  Poucos minutos depois, os três terroristas retornaram, e, acercando-se por traz do Oficial, Yoshitame Fugimore desfechou-lhe violentos golpes na cabeça, com a coronha de um fuzil. Caído e com a base do crânio partida, o Tenente Mendes gemia e se contorcia em dores. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe outros golpes na cabeça, esfacelando-a. 

Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado da cabeça ensangüentada, o Tenente Mendes foi enterrado.
 
 Em 08/09/70, Ariston Lucena foi preso pelo DOI/CODI/IIEx e apontou, no local, onde o Tenente estava enterrado. Seu corpo foi exumado e sepultado sob forte comoção popular.

 
Dos cinco assassinos do Tenente Mendes, sabe-se que:
-  Carlos Lamarca, morreu na tarde de 17/09/71, no interior da Bahia, durante tiroteio com o DOI/CODI/6ª RM; - o porco Lamarca - os suínos nos perdoem a comparação - foi abatido por tropas comandadas pelo major Cerqueira;
 -   Yoshitame Fugimore, morreu em 05/12/70, em São Paulo, durante tiroteio com o DOI/CODI/IIEx;
-   Diógenes Sobrosa de Souza, preso em 12/12/70, no RS. Em novembro de 71 foi condenado à pena de morte (existia na época esta punição para os terroristas assassinos, que nunca foi usada). Em fins de 1979, com a anistia foi libertado;
 - Gilberto Faria Lima, fugiu para o exterior.
 Ariston Lucena, após a anistia foi libertado e teria se suicidado, recentemente, no RS.

 
 Observação: Embora Carlos Lamarca tenha desertado no posto de capitão, por lei especial sua família recebe a pensão de coronel. Todas as famílias dos terroristas assassinos, inclusive a de Carlos Lamarca receberam uma grande indenização em dinheiro.

 
 O Tenente Mendes, promovido após sua morte, por bravura, ao posto de capitão, deixou para sua família a pensão relativa a esse posto. Sua família nunca recebeu nenhuma indenização dos governos federal e estadual,  Seus pais não se conformam em ter o filho  assassinado de forma brutal, por bandidos  sempre  tão endeusados pela nossa mídia.


Texto publicado em www.averdadesufocada.com
 
Neste 10 de maio de 2014, véspera do Dia das Mães, a Mãe de Alberto Mendes Junior certamente se recordará de seu filho. 

 
Mas aqueles que, na época, eram militantes da Vanguarda Popular Revolucionária, como Dilma Roussef e seu marido, Carlos Franklin Paixão de Araújo, que dizem que lutavam por uma democracia, não encontrarão motivos para lembrar o acontecido, pois Alberto Mendes Junior, afinal, foi apenas mais um dentre os 119...
                                              
Por: Carlos Ilich Santos Azambuja

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