Candidato do PSB à Presidência estimou gasto de até R$ 150 milhões.
Campanha de Dilma pode gastar R$ 298 milhões e de Aécio, R$ 290 milhões.
Eduardo Campos e Marina Silva visitam o Festival do Japão, em São Paulo
Na previsão de gastos entregue na última quinta (3) ao Tribunal Superior Eleitoral, a coligação de Campos estimou despesas de até R$ 150 milhões na corrida presidencial.
A cifra é menor que o teto de R$ 298 milhões previsto para a campanha de Dilma Rousseff (PT) e que o de R$ 290 milhões estimado para Aécio Neves (PSDB), seus principais adversários na disputa.
Campos, porém, estimou gastar mais que o quarto colocado nas pesquisas, Pastor Everaldo, que declarou intenção de gastar até R$ 50 milhões, e de outros candidatos com menos tempo de TV na propaganda eleitoral.
"Tenho certeza de que nós vamos fazer a campanha mais barata dessas que vão disputar efetivamente o poder no Brasil. Vamos fazer uma campanha baseada nas ideias, uma militância espontânea, uma campanha que tem muitos voluntários.
Estamos fazendo o debate do programa de governo em uma plataforma de internet há cerca de seis meses com pesquisadores, cientistas que tem contribuído com suas ideias voluntariamente", disse.
Na feira, ele disse que fará a apresentação do plano de governo até o final deste mês. O candidato prometeu que, se ganhar, vai realizar uma reforma política para "fazer com a que a influência do dinheiro seja diminuída no jogo político brasileiro."
Neste sábado, quando protocolou os documentos no TSE para o registro de sua candidatura, Campos apresentou um documento com as diretrizes de um eventual futuro governo baseado em cinco eixos: Estado e a democracia de alta intensidade; Economia para o desenvolvimento sustentável; Educação, cultura e inovação; Políticas sociais e qualidade de vida; e Novo urbanismo e o pacto pela vida.
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CampanhaCampos e a candidata a vice Marina Silva visitaram neste sábado o Festival do Japão, em São Paulo, evento atividades culturais típicas da tradição japonesa. Campos e Marina chegaram ao local do evento vestindo o hapi, tradicional vestimenta japonesa.
Eles ganharam do presidente da Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil, Mikihisa Motohashi, um boneco "daruma". Segundo ele, é tradicional no Japão que o candidato mentalize a vitória na eleição e pinte um dos olhos do boneco. Após a eleição, caso vença, ele pinta o segundo olho.
Campos foi o primeiro candidato à Presidência a visitar a feira oriental, que começou nesta sexta (4). Neste domingo (6), último dia do festival, o candidato do PSDB deve realizar um passeio pelo evento.
A partir deste domingo começa oficialmente a campanha eleitoral, quando os candidatos podem fazer propaganda nas ruas, na internet e pedir votos aos eleitores.
Neste primeiro dia, Campos e Marina devem visitar a comunidade Sol Nascente, região pobre localizada em Ceilândia, cidade satélite do Distrito Federal. Eles estarão acompanhados do senador Rodrigo Rollemberg, candidato ao governo distrital neste ano.
"Expressa muito bem o Brasil real, tão distante de Brasília, onde falta educação de qualidade, segurança, saneamento e habitação, apesar estar a pouquíssimos quilômetros do centro do poder", comentou Campos em São Paulo, sobre a escolha do local do primeiro dia de campanha.
Segundo o candidato, o atual governo está "cada vez mais fazendo a política antiga, que se distância da realidade." O candidato disse que vai andar o país e conta com a TV a partir de 19 de agosto para propaganda eleitoral. "Com certeza no dia da eleição teremos conhecimento de 100% do Brasil", afirmou.
Acidente em BH
O candidato do PSB considerou lamentável a troca de acusações após a queda do viaduto que provocou mortes em Belo Horizonte.
"Acho lamentável esse tipo de debate. Chega a ser um desrespeito às vidas que perdemos, à família dos que tiveram vidas tão jovens. A responsabilidade é de todas as autoridades de fazer a apuração para ter a responsabilidade objetiva do ponto de vista judicial, com perícia, com levantamento isento, de quem é responsável técnico pela obra."
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