Do UOL, em São Paulo
O volume morto é a água que fica no fundo das represas, abaixo do nível de captação das comportas. Até 15 de maio, o volume útil era de 8,2%.
As chuvas que atingiram São Paulo durante a semana não foram suficientes para aumentar ou manter o nível do sistema. De sexta-feira (11) para este sábado (12), o volume diminuiu 0,1%.
Desde maio, a Sabesp está usando o volume morto do sistema Cantareira pra abastecer cerca de 10 milhões de pessoas na capital e Grande São Paulo. Desde abril, há racionamento não oficial em alguns bairros da capital paulista.
Estimativas feitas pela empresa apontam que a reserva deve durar até outubro ou novembro. A Sabesp admitiu ontem que estuda utilizar uma segunda cota da reserva profunda do Cantareira.
Estratégia deve se repetir no sistema Alto Tietê
A empresa também estuda repetir a estratégia de uso do volume morto no sistema Alto Tietê, o segundo maior da Grande São Paulo. Formado por cinco represas distribuídas entre Suzano e Salesópolis, o Alto Tietê também sofre com a grave seca.
Até a última sexta-feira (11), estava com apenas 24% da capacidade, a mais baixa para esta época do ano na última década.
O manancial abastece 4 milhões de pessoas na parte leste da região metropolitana. A crise no Alto Tietê se intensificou em fevereiro, logo após a Sabesp começar a remanejar cerca de mil litros por segundo de água de suas represas para bairros da capital que eram atendidos pelo Cantareira.
Projeções feitas por integrantes do Comitê da Bacia do Alto Tietê apontam que o volume útil do manancial pode acabar em cerca de quatro meses.
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