Governo quer que todas as forças convocadas para atuar na segurança se mantenham a postos mesmo depois do final do jogo nas cidades-sede.
O Palácio do Planalto monitora, com auxílio da Polícia Federal e da
Agência Brasileira de Inteligência (Abin), uma convocação que circula
pela internet para um protesto contra a Copa do Mundo logo após a final
entre Argentina e Alemanha, neste domingo, no Maracanã. A partida começa
às 16 horas...
A PF identificou um vídeo em que há uma convocação para as 18 horas
deste domingo em quatro cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte e Brasília. Diante disso, a Abin está municiando os Centros de
Coordenação de Defesa de Área criados para monitorar a segurança da
Copa não só nessas quatro cidades, mas em todas as outras oito
cidades-sede da Copa. Os serviços de inteligência das Forças Armadas e
das Polícias dos Estados também estão alimentando o sistema. Outro
protesto, batizado de "Não Vai Ter Final", está agendado para as 13
horas na Praça Saens Peña, no Rio de Janeiro. O evento já tem 2.300
presenças confirmadas.
O governo quer que todas as forças convocadas para atuar na segurança
durante a Copa se mantenham a postos mesmo depois do final do jogo em
suas cidades. No Rio de Janeiro, a preocupação é ainda maior porque,
além de ser o local da final da Copa, ali estarão pelo menos dez chefes
de Estado, incluindo a presidente Dilma Rousseff, o presidente da
Rússia, Vladimir Putin, e a chanceler alemã Angela Merkel. Pelo menos
26.000 agentes estarão de prontidão para garantir a segurança da final
da Copa. Desses, 10.000 serão policiais militares.
Segundo a Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, 10.000
PMs vão trabalhar na operação do jogo entre Alemanha e Argentina. Outros
4.984 estarão em serviço no sábado, véspera da partida. A segurança no
interior do estádio será feita por cerca de 1.500 seguranças privados,
os "stewards". A origem dos demais agentes de segurança não foi
detalhada.
Na terça-feira, após a humilhante derrota do Brasil para a Alemanha, o
ministro-chefe da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, afirmou que o
governo já havia detectado um movimento de black blocs em várias cidades
brasileiras, como Rio, São Paulo e Belo Horizonte, que queriam se
aproveitar da decepção da população com o resultado, para retomar
protestos violentos.
Carvalho avisou que o governo estava "atento" e
"monitorando" estas convocações e que ia continuar mapeando para evitar
confusões e prejuízos em todo o País. Gilberto pediu ainda "bom senso" e
"cabeça fria" aos manifestantes.
Fonte: Revista Veja - 11/07/2014 - - 15:33:47
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