03/08/2014 00h44
- Atualizado em
03/08/2014 03h31
Palestino pede que Chile rompa relações com Israel.
EUA, Venezuela e França também tiveram manifestações neste sábado (2).
Milhares
de pessoas se reuniram em Santiago neste sábado (2) para apoiar
palestinos no conflito com Israel (Foto: AFP PHOTO / MARTIN BERNETTI)
Cerca de duas mil pessoas pediram neste sábado (2) ao governo chileno para romper relações diplomáticas com Israel, durante uma manifestação a favor do povo palestino no centro de Santiago, informa a agência de notícias Efe.Os manifestantes foram para frente do Palácio da Moeda, sede do Governo, gritando palavras de ordem e levando cartazes nas quais se lia: "Parem o massacre. Gaza resiste", e "Fora sionistas da Palestina", entre outras afirmações.
Em Santiago, manifestantes protestam contra a
operação militar israelense na Faixa de Gaza
(Foto: AFP PHOTO / MARTIN BERNETTI)
"Estamos pedindo que a presidente Michelle Bachelet expulse o
embaixador de Israel e que rompa relações com Israel. Queremos dizer ao
mundo que os chilenos são contra o massacre", disse aos jornalistas
Mauricio Abu-Gosh, presidente da Federação de Palestinos no Chile.operação militar israelense na Faixa de Gaza
(Foto: AFP PHOTO / MARTIN BERNETTI)
O conflito entre Israel e a Faixa de Gaza entra em seu 27º dia neste domingo (3). O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou neste sábado que o Exército israelense vai manter suas operações contra o Hamas na Faixa de Gaza "pelo tempo que for necessário" em Gaza e com "toda a força necessária".
Os manifestantes também exibiram uma longa bandeira palestina, enquanto alguns atores liam palavras a favor dos palestinos.
Uma grande comunidade palestina, integrada por cerca de 400 mil pessoas, vive no Chile.
Nas últimas semanas, governos de países sul-americanos, como Chile, Peru, Argentina e Brasil, chamaram seus embaixadores em Israel para consultas.
Mais protestos deste sábado
Neste sábado, outras cidades ao redor do mundo foram palcos de protestos sobre o conflito entre Israel e o Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
Na Venezuela, os manifestantes se reuniram em uma praça no centro de Caracas.
Manifestantes em frente à Casa Branca (EUA)
protestaram a favor dos palestinos
protestaram a favor dos palestinos
Em Los Angeles, manifestantes pró-Gaza e pró-Israel trocaram gritos de slogans em frente à um prédio do governo federal, de acordo com a France Presse.
Na França, milhares de pessoas participaram de manifestações em várias cidades, como Lyon (centro-este), Marselha (sul), Lille (norte), Montpellier (sul) e Avignon (sul).
A principal manifestação francesa contra a ofensiva israelense em Gaza aconteceu em Paris, onde se reuniram entre 11.500 mil pessoas, de acordo com a polícia, e 20 mil pessoas, segundo os organizadores. A capital francesa já havia sido palco de um protesto pró-Israel
nesta semana, que reuniu 4.500 pessoas.
Conflito continua
Mais cedo neste sábado, uma autorização para retirada de algumas tropas chegou a ser vista como sinal de que Israel poderia dar fim ao conflito, após destruir os túneis construídos pelo Hamas na fronteira da Faixa de Gaza. No entanto, as novas declarações de Netanyahu de que Israel manterá a operação "pelo tempo que for necessário" diminuem expectativas de uma resolução imediata.
A ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, iniciada em 8 de julho, provocou a morte de pelo menos 296 crianças e adolescentes palestinos, anunciou o Unicef.
"As crianças representam 30% das vítimas civis", afirma o Fundo das Nações Unidas para a Infância.
"O número de crianças mortas nas últimas 48 horas pode aumentar, após uma série de verificações que estão sendo feitas", afirma o Unicef. Os dados ainda não são definitivos.
Mais de 1.650 palestinos, em sua ampla maioria civis, morreram em consequência da ofensiva israelense. No mesmo período, 63 israelenses morreram, em sua maioria militares.
O Estado de Israel acusa o movimento islamita palestino Hamas, que controla Gaza, de usar a população como "escudo humano".
Em
Marseille, franceses que protestam a favor dos palestinos carregam
cartaz com os dizeres 'Massacre são o deleite do seu noticiário' e
'Palestina viverá'.
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