Os ativistas cobraram mais empenho das autoridades em campanhas de prevenção
Agência Brasil Correio Braziliense
Publicação: 02/08/2014 17:52
O obelisco da avenida Rio Branco, no centro do Rio, foi "vestido" com uma camisinha gigante, em ato para incentivar o uso do preservativo |
Organizações não governamentais cobriram neste sábado (2/8) o obelisco da Avenida Rio Branco, no centro do Rio, com uma camisinha de 11 metros, para alertar o governo e a sociedade para o avanço da epidemia de aids no país. Os ativistas cobraram mais empenho das autoridades em campanhas de prevenção.
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ONU contrata voluntários para campanha contra aids na Copa do Mundo Ele criticou o fato de campanhas voltadas a jovens gays e prostitutas não terem ido adiante. "É necessária uma política específica para esses segmentos. É preciso dialogar em uma linguagem que as pessoas vão compreender. Se você for falar para jovens gays, tem que ser uma linguagem que eles compreendam. Não adianta pasteurizar tudo e não atingir o público-alvo", explicou, que também aponta a dificuldade das organizações cumprirem exigências de editais públicos para fazer campanhas. "A gente tem dificuldades em fazer um trabalho de longo prazo e mapear essa comunidade, para ter uma continuidade na ação".
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Membro da secretaria executiva do Fórum de ONGs/Aids, Renato Da Matta aponta que setores conservadores e grupos religiosos contribuíram para enfraquecer as campanhas e a discussão do tema nas escolas. "Estamos vendo jovens de 13, 14 anos se infectando e não podemos entrar nas escolas e falar sobre isso. O Brasil está criando uma nova geração de infectados pela aids", alerta.
Preconceitos em relação à doença também são responsáveis pela desinformação, segundo Da Matta. Para ele, a doença foi banalizada por parte da população. "As pessoas perderam o medo da aids. Hoje, elas têm a ideia de que você toma um remedinho e fica tudo bem. Não é assim. A aids é considerada uma doença crônica degenerativa".
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