08/09/2014 08h45
- Atualizado em
08/09/2014 08h49
Bombeiros negam e dizem terem sido recebidos a tiros e pauladas.
Sabesp diz que manutenção de hidrante é responsabilidade da Prefeitura.
A Defesa Civil estima que cerca de 600 famílias ficaram desalojadas. De acordo com o Bom Dia São Paulo, três horas após o início do incêndio os trabalhos foram interrompidos por causa da falta de água. Vizinhos disseram ter ficado sem água durante todo o domingo e que o problema acontece com frequência na região.
“Falta água quase todo dia. Moro lá do outro lado e na minha casa não tem água”, disse a auxiliar administrativo Elisangela Santos.
Moradores afirmaram ainda que os primeiros caminhões dos bombeiros chegaram sem água. “Como eles mandam dois caminhões vazios?”, indagou a moradora.
A entregadora de panfletos Ellen da Costa também disse ter presenciado a chegada dos bombeiros. “Quando eles chegaram não tinha água. Eles não tinham com o que apagar”, afirmou.
Os moradores disseram que um hidrante localizado próximo à comunidade apresentava problemas há dois anos. “O hidrante está com problema desde que foi instalado”, disse uma moradora. A Sabesp foi chamada para resolver o problema.
Bombeiros que não quiseram gravar entrevista disseram à reportagem que a estiagem tem prejudicado os trabalhos de combate ao fogo na cidade, mas o coronel Sérgio Moretti, comandante da operação do Corpo de Bombeiros, negou. Ele disse que as mangueiras ficaram secas só por alguns momentos até que outros caminhões cheguem e a estratégia de combate seja estabelecida.
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“Em hipótese alguma a falta d´água atrapalhou. Não houve falta d´água.
Foi uma adaptação para montar a estratégia adequada para fazer o
combate”, declarou.O coronel Moretti afirmou ainda que traficantes impediram de trabalhar os primeiros bombeiros a chegarem à favela na noite de domingo. Um deles chegou a levar uma coronhada. A Tropa de Choque da Polícia Militar foi chamada para garantir a segurança dos bombeiros.
“Quando as viaturas chegaram foram recebidas a pauladas e teve caso de tiros em cima da viatura do corpo de bombeiros”, afirmou o coronel.
A Sabesp disse que o abastecimento de água na região estava normal e que ligações clandestinas prejudicam o fornecimento. A companhia afirmou que cabe à Prefeitura a manutenção dos hidrantes. A administração municipal vai apurar o que aconteceu.
Trânsito
Por causa do incêndio, algumas vias no entorno da favela foram interditadas. Nove linhas de ônibus foram desviadas e dois pontos seguiam interditados nesta manhã.
Os motoristas que circulam pela Avenida Jornalista Roberto Marinho e desejam acessar a Avenida Washington Luís, no sentido bairro, devem seguir pela Rua Joaquim Nabuco, virar à direita na Rua Vicente Leporace, voltando ao caminho original.
Já os condutores que circulam pela Avenida Washington Luís no sentido Centro podem acessar as ruas Laplace, Vicente Leporace e a Avenida Jornalista Roberto Marinho.
Bombeiros combatem chamas após incêndio em favela na Zona Sul
Fogo destrói barracos na Rua Cristóvão Pereira
Incêndio
em barracos no sentido marginal Pinheiros da Roberto Marinho ocorreu
próximo a estruturas do monotrilho ainda em fase de construção na via.
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