sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Após ultrapassar R$ 2,50, dólar comercial opera instável



Agência Estado - O Estado de S. Paulo
03 Outubro 2014 | 11h 40

Moeda americana continua influenciada pelas eleições presidenciais e está sob impacto de dados positivos dos Estados Unidos

Após abrir em forte valorização e ultrapassar R$ 2,50, o dólar comercial passou a operar em baixa. Às 14h25, o dólar recuava 0,52%, aos R$ 2,475. Na máxima, atingiu R$ 2,5070, a maior cotação desde 10 de dezembro de 2008 (na máxima atingiu R$ 1,51 naquele dia).
Pela manhã, operadores afirmaram que a valorização da moeda no exterior, com dado positivo dos Estados Unidos, poderia sustentar uma alta ante o real. Pela manhã, porém, alguns investidores realizam lucros, mas sem ajustar fortemente suas posições, no aguardo do primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil neste domingo.

Nos EUA, o mercado de trabalho dos EUA mostrou o melhor desempenho desde junho ao criar 248 mil empregos em setembro, acima da expectativa dos analistas, de abertura de 215 mil vagas. Já a taxa de desemprego norte-americana caiu para 5,9% em setembro, de 6,1% em agosto - no menor patamar desde julho de 2008 nos EUA. Outro dado é o foi o índice de atividade de gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços do país, que caiu para 58,6 em setembro, de 59,6 em agosto, mas menos que o previsto (58,5).

Os números divulgados nos EUA deram força ao dólar ante o euro, o iene e moeda relacionadas as commodities.

Porém, o clima eleitoral e a cautela antes do pleito marcado para domingo limitam o avanço do dólar. A moeda à vista no balcão subia 0,12%, a R$ 2,491, às 11h12.

No Ibope, ontem, Dilma Rousseff (PT) ampliou a vantagem sobre Marina Silva (PSB) de 14 para 16 pontos porcentuais nas intenções de voto no primeiro turno. Considerando apenas os votos válidos, Dilma tem 47%, reabrindo a possibilidade de vitória já neste domingo.

No Datafolha, Dilma permaneceu com 40%, mas Marina oscilou de 25% para 24% e Aécio, de 20% para 21%, o que resulta em situação de empate técnico entre os dois adversários da petista na corrida presidencial.

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