Jose Roberto de Toledo
02 outubro 2014 | 19:23
O modelo simula todas as combinações possíveis de votação de Marina e Aécio, e depois calcula quantas dessas combinações beneficiam um ou outro candidato. Segundo os resultados desta pesquisa Ibope, 60% dessas combinações levariam Marina ao segundo turno contra Dilma Rousseff (PT), e 40% levariam Aécio. Dois dias atrás, as chances eram de 67% a 33% para Marina. E há duas semanas, eram ainda maiores: 79% a 21%.
Se a tendência de queda de Marina se mantiver, as probabilidades de Aécio alcançá-la continuarão aumentando, mesmo que ele tenha dificuldades para capturar os eleitores que abandonam a rival. Mas a queda de Marina também abre outra possibilidade, que não beneficia nenhum dos candidatos de oposição.
O modelo Ibope/Estadão Dados foi usado para calcular a probabilidade de Dilma vencer no primeiro turno. A presidente tem 26%, ou uma chance em quatro, de se reeleger no domingo.
O modelo se baseia no cálculo dos pisos e tetos eleitorais dos candidatos. O piso é quantos eleitores dizem que votariam com certeza em um candidato e apenas nele. O mínimo de votos para Dilma foi a 32%, contra 15% para Aécio e 18% para Marina. Quanto maior o piso, melhor para o candidato.
O teto de votação é um cálculo em duas partes. Primeiro, a pesquisa divide o eleitorado em três grupos, segundo uma bateria de cinco perguntas: os pró-PT, os anti-PT e os volúveis. Desta vez esses grupos ficaram com 38%, 32% e 30%, respectivamente.
No caso de Dilma, o teto é formado pelos eleitores dos grupos pró-PT e volúvel que não a rejeitam e que dizem que votariam nela com certeza ou poderiam votar. Isso dá um máximo de 56%. Nos casos de Aécio e Marina, o teto é a soma dos eleitores que pertencem aos grupos volúvel e anti-PT e que não rejeita o candidato(a) e que poderia votar ou votaria com certeza nele ou nela. O teto de Aécio chegou a 38%, e o de Marina, a 39%.
A partir dos pisos e tetos, simulam-se as combinações possíveis de resultado entre os três candidatos – estimando-se 3% de votos para os nanicos e 10% de brancos e nulos. Na primeira simulação, fixou-se a taxa de Dilma e variaram as de Marina e Aécio. Na segunda, para calcular as chances de definição no primeiro turno, fixou-se a de Aécio e variam as de Dilma e Marina.
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