sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Chance de Marina cai e é 50% maior que a de Aécio; Dilma tem 26% de chance de se eleger no 1º turno



Jose Roberto de Toledo
02 outubro 2014 | 19:23 

A chance de Marina Silva (PSB) passar ao segundo turno contra Dilma Rousseff (PT) caiu de 67% para 60% em dois dias. Mesmo assim, ela ainda é 1,5 vez maior do que a de Aécio Neves (PSDB) ir ao turno final contra a atual presidente. É o que mostra modelo estatístico desenvolvido pelo Ibope e pelo Estadão Dados com base nos limites mínimo e máximo de votação dos candidatos.

O modelo simula todas as combinações possíveis de votação de Marina e Aécio, e depois calcula quantas dessas combinações beneficiam um ou outro candidato. Segundo os resultados desta pesquisa Ibope, 60% dessas combinações levariam Marina ao segundo turno contra Dilma Rousseff (PT), e 40% levariam Aécio. Dois dias atrás, as chances eram de 67% a 33% para Marina. E há duas semanas, eram ainda maiores: 79% a 21%.

Se a tendência de queda de Marina se mantiver, as probabilidades de Aécio alcançá-la continuarão aumentando, mesmo que ele tenha dificuldades para capturar os eleitores que abandonam a rival. Mas a queda de Marina também abre outra possibilidade, que não beneficia nenhum dos candidatos de oposição.

O modelo Ibope/Estadão Dados foi usado para calcular a probabilidade de Dilma vencer no primeiro turno. A presidente tem 26%, ou uma chance em quatro, de se reeleger no domingo.

O modelo se baseia no cálculo dos pisos e tetos eleitorais dos candidatos. O piso é quantos eleitores dizem que votariam com certeza em um candidato e apenas nele. O mínimo de votos para Dilma foi a 32%, contra 15% para Aécio e 18% para Marina. Quanto maior o piso, melhor para o candidato.

O teto de votação é um cálculo em duas partes. Primeiro, a pesquisa divide o eleitorado em três grupos, segundo uma bateria de cinco perguntas: os pró-PT, os anti-PT e os volúveis. Desta vez esses grupos ficaram com 38%, 32% e 30%, respectivamente.

No caso de Dilma, o teto é formado pelos eleitores dos grupos pró-PT e volúvel que não a rejeitam e que dizem que votariam nela com certeza ou poderiam votar. Isso dá um máximo de 56%. Nos casos de Aécio e Marina, o teto é a soma dos eleitores que pertencem aos grupos volúvel e anti-PT e que não rejeita o candidato(a) e que poderia votar ou votaria com certeza nele ou nela. O teto de Aécio chegou a 38%, e o de Marina, a 39%.

A partir dos pisos e tetos, simulam-se as combinações possíveis de resultado entre os três candidatos – estimando-se 3% de votos para os nanicos e 10% de brancos e nulos. Na primeira simulação, fixou-se a taxa de Dilma e variaram as de Marina e Aécio. Na segunda, para calcular as chances de definição no primeiro turno, fixou-se a de Aécio e variam as de Dilma e Marina.

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