Dificil, hein? A quantidade de escândalos é tanta que mesmo que a oposição queira, não vai dar conta de denunciar todos os casos. Agora vemos o Sindicato dos Petroleiros enviar e-mails para todos os funcionários da Petrobrás. Leia a notícia da Folha:
O sindicato dos petroleiros enviou na manhã desta quinta-feira (2) um e-mail aos funcionários da Petrobras pedindo votos para a candidata do PT, Dilma Rousseff, na eleição presidencial de domingo (5).
O assunto da mensagem eletrônica é “reeleger a presidente Dilma, prioridade para a classe trabalhadora!” e traz anexa uma cópia escaneada do jornal semanal da FUP (Federação Única dos Petroleiros).
A entidade é filiada à CUT (Central Única dos Trabalhadores), reúne 14 sindicatos e representa mais de 150 mil trabalhadores.
Na publicação, a entidade diz que a eleição deste domingo contrapõe projetos antagônicos: o de Dilma, que “garante emprego e renda” e o da oposição que “reduz o Estado e favorece a terceirização”.
O texto termina convocando os petroleiros a “ocupar as ruas neste fim de semana e garantir a vitória de Dilma em primeiro turno”.
Especialistas em legislação eleitoral ouvidos pela Folha afirmam que a conduta é ilegal e que cabem sanções à FUP e a Dilma. Pela lei, é vedado às entidades de classe ou sindicais fazerem propaganda eleitoral a partidos e candidatos.
Ainda que a FUP seja um entidade de direito privado (ou seja, não recebe verba pública), o uso da estrutura sindical pode ser considerado abuso de poder econômico.
“Nós estamos fazendo nosso papel como sindicato e nos posicionando no processo eleitoral. A categoria sabe o que passou no governo FHC”, diz José Maria Rangel, coordenador geral da FUP. Ele frisa que o jornal é enviado aos funcionários semanalmente.
Procurada, a Petrobras não respondeu até o fechamento dessa matéria. A empresa, no entanto, não tem como controlar o que é enviado pelo sindicato. Segundo a Folha apurou, o e-mail gerou indignação internamente entre os funcionários que não apoiam Dilma.Tudo normal, certo? Somente se nesse caso o sindicato tivesse enviado e-mails para seus sindicalizados. Mas não é isso o que ocorreu.
Repare com atenção no último parágrafo da notícia, que faço questão de repetir: “Procurada, a Petrobras não respondeu até o fechamento dessa matéria. A empresa, no entanto, não tem como controlar o que é enviado pelo sindicato. Segundo a Folha apurou, o e-mail gerou indignação internamente entre os funcionários que não apoiam Dilma.”
Logo de cara já temos uma mentira, quando a notícia diz que a empresa não tem como controlar o que é enviado pelo sindicato. Porém, a empresa tem como controlar se divulga ou não a lista de e-mails de todos os funcionários (com os respectivos e-mails) para outras partes.
Está aí o escândalo: essa divulgação da lista de e-mails de todos os funcionários é um evento gravíssimo, que não poderia ocorrer de forma alguma.
É importante termos a dimensão do quão grave é isso: a lista de endereços eletrônicos da Petrobrás é um ativo da empresa (do estado), mas se esses endereços eletrônicos são cedidos a uma organização não-estatal (principalmente com fins políticos) isso ocorre para gerar benefício a uma parte indevida. No caso, o sindicato, que está aliado ao PT. E como o sindicato usou os e-mails (à revelia de seus usuários, em vários casos), isso também configura spam.
Note que tivemos o caso de funcionários irritados por receberem e-mails indevidos. Mas quem liberou a lista de e-mails de todos os funcionários? Será que vão inventar que foi um hacker?
Realizem a situação: imagine se a Petrobrás libera toda a lista de e-mails de seus funcionários para uma consultoria querendo vender produtos, apenas por que o dono dessa empresa possui aliança com a diretoria da estatal. Teríamos aí uma parte beneficiada de forma indevida a partir da divulgação de informação sigilosa de forma completamente fora de qualquer regulamentação.
Foi exatamente o que ocorreu neste caso. Uma vergonha, que não apenas manchou ainda mais a Petrobrás, como causou transtornos a todos funcionários não-petistas. Uma baixaria inominável.
Eis uma pergunta que poderia ser feita: como a lista desses e-mails foi parar nas mãos do Sindicato?
Organização criminosa pró Dilma apronta mais um crime eleitoral na Petrobras.
Uma organização criminosa atua na Petrobras, segundo Teori
Zawatski, ministro do STF. O blog, hoje pela manhã, antecipou que
haveria mais crimes na reta final da campanha petista. Leia aqui
O sindicato dos petroleiros enviou na manhã desta quinta-feira (2) um
e-mail aos funcionários da Petrobras pedindo votos para a candidata do
PT, Dilma Rousseff,
na eleição presidencial de domingo (5). O assunto da mensagem
eletrônica é "reeleger a presidente Dilma,
prioridade para a classe trabalhadora!" e traz anexa uma cópia escaneada
do jornal semanal da FUP (Federação Única dos Petroleiros). A entidade é
filiada à CUT (Central Única dos Trabalhadores), reúne 14 sindicatos e
representa mais de 150 mil trabalhadores.
Na publicação, a entidade diz que a eleição deste domingo contrapõe
projetos antagônicos: o de Dilma, que "garante emprego e renda" e o da
oposição que "reduz o Estado e favorece a terceirização". O texto
termina convocando os petroleiros a "ocupar as ruas neste fim de
semana e garantir a vitória de Dilma em primeiro turno".
Especialistas em legislação eleitoral ouvidos pela Folha afirmam
que a conduta é ilegal e que cabem sanções à FUP e a Dilma. Pela lei, é
vedado às entidades de classe ou sindicais fazerem propaganda eleitoral a
partidos e candidatos. Ainda que a FUP seja um entidade de direito privado (ou seja, não recebe
verba pública), o uso da estrutura sindical pode ser considerado abuso
de poder econômico.
OUTRO LADO
"Nós estamos fazendo nosso papel como sindicato e nos posicionando no
processo eleitoral. A categoria sabe o que passou no governo FHC", diz
José Maria Rangel, coordenador geral da FUP. Ele frisa que o jornal é
enviado aos funcionários semanalmente. Procurada, a Petrobras não respondeu até o fechamento dessa matéria. A
empresa, no entanto, não tem como controlar o que é enviado pelo
sindicato. Segundo a Folha apurou, o e-mail gerou indignação internamente entre os funcionários que não apoiam Dilma. (Folha Poder)
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