Publicado: 28 de outubro de 2014 às 0:00 - Atualizado às 1:42
Caso permaneçam este ano em ponto
morto as acusações contra o governo, inclusive Dilma e Lula, na lambança
da Petrobras, tem data marcada o primeiro confronto do governo com o
Congresso. Será em fevereiro, quando a presidente da República tentará
evitar a eleição de Eduardo Cunha para presidente da Câmara. Eleito, ele
exprimirá a inconfiabilidade do PMDB diante do segundo mandato. Não é
segredo que Cunha e Dilma se detestam e que o partido, sob sua
inspiração, exigirá o máximo no novo ministério e dará o mínimo em apoio
ao palácio do Planalto.
Ontem, sob os ecos da euforia da vitória de Dilma,
havia companheiros empenhados em criar antídotos para a eleição de
Cunha. Com Arlindo Chinaglia à frente, a estratégia era de o PT impor um
candidato, já que manteve o patamar de maior bancada entre os
deputados. Em condições normais de temperatura e pressão, o que não é o
caso, caberia aos companheiros indicar o novo presidente da Câmara.
Muito da decisão dependerá do vice-presidente da República, Michel
Temer. Apesar de reeleito, suas ações continuam valendo pouco na bolsa
do |PMDB, mas se optar por desconstruir a candidatura de contestação,
dividirá o partido, contribuindo para a vitória de um deputado do PT.
Malogrando essa hipótese, capaz de decidir-se entre dezembro e janeiro,
estará aberta a temporada de retaliações entre a presidente e o
principal partido aliado. Quantos e quais ministérios serão destinados à
outrora maior legenda nacional?
Não se duvida de que para o segundo governo a
estratégia será a mesma com o resto da base parlamentar de apoio:
ministérios em profusão para os amigos, a começar pelo PMDB. Poderão ser
escolhidos ministros desafinados com Eduardo Cunha.
Outra bala na agulha do revolver da presidente mira
os sete governadores eleitos pelo PMDB. Eles sabem que sem o apoio de
Brasília estarão condenados a administrações medíocres. Se o preço for
pressionar os deputados de seus estados contra o contestador, poderão
pagar, até mesmo Luís Pezão, do Rio, pelo qual Cunha elegeu-se com os
pés nas costas.
Em suma, eis definido o inimigo do novo governo
Dilma, que sem ser o número um, é o primeiro identificado, definido com
nome e número no catálogo telefônico.
PESQUISAS EM PARAFUSO
Quebrou a cara o instituto de pesquisas eleitorais
que insistiu em separar Dilma e Aécio por seis pontos de diferença. Mas
também falhou nas previsões do segundo turno das eleições de governador.
No dia da eleição, previu 50% dos votos para Simão Jatene, no Pará, e
50% para Helder Barbalho. No final, 52 a 48. No Mato Grosso do Sul, pior
ainda. Vaticinou 51% para Delcídio Amaral e 49% para Reinaldo Azambuja.
Resultado: 55 a 45, mas ao contrário. No Amazonas, a pesquisa indicava
50 % para Eduardo Braga e para José Melo, mas acabou dando 55 para o
atual governador e 44 para o líder do governo no Senado.No final, foi o
povo que mudou…
Aldayr Heberle ·
Pode-se supor que alguns institutos de pesquisas aprontam os dados favorecendo
Jose Flavio Menezes ·
Nada apurado, enquanto, pois, o mensalão tai para comprovar a corrupção petista e, agora, em curso, e com toda certeza, vamos ter o petrolão que atingirá novamente, não há mais dúvidas, as cabeças coroadas do governo, inclusive o nove dedos que está ferrado até a tampa. Aguardar para conferir, pois.
João Mac-Cormick
Jose Flavio Menezes , é por isso. Quem achou a corrupção foi a promotoria da Suíça. E quando mandou um ofício para a promotoria de São Paulo, o cara esqueceu o documento na pasta errada por três anos. Quando eles serão presos? Na Petrobras não há provas. Apenas delação premeditada que nada serve.
Ney S. Monteiro ·
Depois da apuração completa do Petrolão, você terá outros "guerreiros do povo brasileiro" devidamente alojados na Papuda.
E a Petrobras é só o começo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário