Petrolão
Atual diretor do Abastecimento não viu corrupção do antecessor
Substituto de Paulo Roberto Costa diz ignorar corrupção já confessada
Publicado: 29 de outubro de 2014 às 17:36
O diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, afirmou
nesta quarta-feira, 29, em depoimento à CPI mista da estatal, que
“nunca ouviu falar” de um esquema de desvio de recursos da companhia
petrolífera para atender a interesses de partidos políticos. Ele também
disse desconhecer, nos 38 anos como funcionário da Petrobras, a
existência de um esquema de pagamento de 3% de propina sobre contratos
de um cartel de empreiteiras.Cosenza disse que só conheceu Paulo Roberto Costa no momento em que foi convidado para ocupar a Gerência de Refino da estatal, em 2008. Costa, a quem sucedeu na Diretoria de Abastecimento em 2012, participou de um acordo de delação premiada no qual confessou ter feito parte de um esquema de desvio de recursos e pagamento de propina a políticos.
O diretor afirmou que jamais teve conhecimento de irregularidades na estatal nem acerto entre as empreiteiras para fraudar contratos na estatal, conforme admitiu Costa. “Nós temos várias comissões internas de averiguação, além disso, a Petrobras está muito próxima dos órgãos públicos, então não existe uma conclusão até o momento”, afirmou.
Questionado pelo relator da CPI, deputado Rubens Bueno (PPS-PR), se sabia de “conluio” em contratos da Petrobras, Cosenza respondeu: “É o objetivo dessas comissões internas (de investigação da Petrobras), se tiver ocorrido, chegar a essas conclusões.”
O diretor comentou a reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo em que é descrita que a Polícia Federal interceptou, no curso da Operação Lava Jato, uma troca de mensagens entre o doleiro Alberto Youssef e o deputado Luiz Ârgolo (SD-BA), em que ambos faziam menção a Cosenza. Segundo a matéria, os dois planejavam um encontro entre o atual diretor e Youssef. A matéria ressalva que a PF não imputa “atos ilícitos” a Cosenza, embora o nome dele conste do relatório da polícia feito para a operação.
Cosenza disse que não conhecia nenhum dos dois. “Nunca estive nem com um nem com outro, não os conheço pessoalmente”, afirmou.
COMENTARIOS
- Jose Flavio Menezes ·Nada disso! Quem leu, na íntegra, os depoimentos dos dois, Paulino e Beto, sabe perfeitamente que daqui pra frente os fatos vão aparecer, principalmente quando terminar o segredo de justiça do processo ainda em exame. Nomes, testemunhas, provas cabais, documentos em poder dos mesmos, aí sim, vai ser caco de PT e Cia pra tudo que é lado. É bom lembrar, que muitos dos nomes arrolados, em sua maioria, parlamentares, a partir de janeiro, perderão o foro privilegiado, e até ex- governadores. A coisa tá é preta!
- Djalma Foster ·José Carlos Cosenza, como um bom aluno nos deveres de casa em não abrir o bico, disse uma frase sabia: Não Vi! Não Ouvi! Não sei! Como nessas CPIs são compostas por políticos maduros e macróbios, às vezes como sempre, tendo vitimas principais onde sentam, são as cadeiras.Pelo excesso de vazios que tem nos intestinos, membros das CPIs, deputados ou senadores, só ficam soltando flatos..pum...pum...pum. Não há cristo que consiga permanecer onde se realiza-a a CPI, contra os odores dos gases que soltam.Nisso acho que Consenza não pode dizer; "Não Ouvi!"
- Ricardo Tavares Hernandes Costa ·Vagabundo.Quero ver essa cara de bocó na hora que a PF estourar a tua porta pilantra.A corrida pelas delações premiadas já está se esgotando.Os executivos já estão se oferecendo.Daqui a pouco a PF não mais aceitará as delações,uma vez que terão todas as provas.Daí é fazer a pipoca e assistir a petralhada ir para o xadrez.
- Jose Flavio Menezes ·É incrível quando o elemento diz, "não vi, não conheço. São colegas da empresa e não se conhecem, né? Eles querem livrar a pele da Dilma e do molusco, mas vai se dar mal, pois a delação premiada só é concedida se os denunciados apresentarem provas concretas, daí então concluir-se na veracidade dos fatos narrados nos dois depoimentos prestados em juízo. Não tem como escapar dizendo que não conhece, não viu e não sabe de nada.
- Acrisio Rodrigues ·Mais um que passou pelo treinamento dos petralhas. Além de ter cara de malandro, também parece um bobalhão. Afirmou na CPI, respondendo a uma pergunta de um dos petralhas da Comissão, que se deu por satisfeito com a resposta, que nunca estivera nem com o Paulo Roberto e nem com o doleiro, e que nem os conhecia, mas levou um aperto de outro deputado e foi obrigado a mudar a resposta. Mais um mentiroso, escolhido a dedo para o cargo.
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