quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Depois da campanha do nível do esgoto, Dilma agora quer dialogar com Aécio e Marina. O Aloysio Nunes é que está certo…

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Alguém devia dizer para a presidente reeleita Dilma Rousseff que cinismo tem limite. Ela realmente passou do nível da afronta tradicional petista e parece estar querendo tirar com a cara de todo mundo.
Leia a notícia Dilma diz que chamará Aécio e Marina para dialogar, da Folha:
A presidente Dilma afirmou, em entrevista ao “Jornal do SBT” na noite desta terça-feira, que aceita em seu segundo mandato dialogar com os dois candidatos que ameaçaram sua reeleição, Aécio Neves e Marina Silva.

“Sem a menor sombra de dúvida estou aberta ao diálogo. Acho que a palavra correta no início de um governo é se abrir ao diálogo com todos os setores, o Aécio, a Marina. Sim, posso chamá-los sim”, disse.

Ela não eu detalhes de como ou quando esse possível diálogo poderia ser estabelecido.
“É necessário que a gente crie no Brasil pontes. Não precisa de ter as mesmas posições. Quando eu falo em união, eu não quero aquela união que torna tudo pasteurizado. Quero aquela união que as pessoas mantenham suas diferenças de opinião, que possam agir de forma diversificada e que, ao mesmo tempo, conversem. A conversa não implica em abrir mão de nada. Ela mostra generosidade, mostra espírito público.”

Minutos antes, em entrevista ao “Jornal da Band”, ela havia dado declaração parecida em relação a dialogar com Aécio.

Segundo ela, esse diálogo terá que ser não apenas com a oposição, mas também com a “os setores produtivos, os bancos, as representações da sociedade”, disse na Band.
Durante todo o seu primeiro mandato, Dilma foi criticada por não ouvir políticos, empresários e movimentos sociais.
Aécio, não caia neste jogo. Essa senhora tem que fazer o trabalho dela e você o seu, de oposição.
Faz muito bem o Aloysio Nunes ao dizer o tom com que ela deve ser tratada a partir de agora. Veja em matéria do Estadão:
Dois dias após o segundo turno, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), ex-vice na chapa de Aécio Neves à Presidência da República, afirmou nesta terça-feira que rejeita participar de qualquer acordo com a presidente Dilma Rousseff (PT). Para ele, Dilma não tem “autoridade moral” para propor um diálogo. Em inflamado discurso da tribuna do Senado, o tucano disse que Dilma não pode dizer que “não sabia o que estava acontecendo” dos ataques que ele e Aécio sofreram na internet de pessoas “a serviço do PT”.

“(Não se pode) transformar as redes sociais em um esgoto fedorento para destruir adversários. Foi isso que fizeram. Não diga a candidata Dilma que não sabia o que estava acontecendo. Todo mundo percebia as insinuações que fazia nos debates e os coros nos debates sociais, dizendo que o Aécio batia em mulheres era drogado. Quem faz isso não tem autoridade moral para pedir diálogo. Comigo, não. Estende uma mão e, com a outra, tem um punhal para ser cravado nas costas”, criticou o tucano. Aloysio Nunes disse também ter sido informado por familiares de que, nas redes sociais, o nome dele chegou a ser vinculado ao tráfico de drogas.

O tucano disse que pretende discutir reforma política, como defendeu Dilma no discurso da vitória no domingo (26), mas destacou que antes quer que sejam concluídas as investigações dos escândalos da Petrobras, para que não digam que há “corrupção na política porque faltam recursos de financiamento público para as campanhas”.
Aloysio Nunes reafirmou o discurso, já relatado em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo de hoje, que não dará trégua ao governo.

O tucano disse que Dilma não cumpriu nenhuma das promessas para a PF e para a Polícia Rodoviária Federal. E concluiu o discurso, em duro tom: “Eu fui pessoalmente agredido por canalhas escondidos nas redes sociais a serviço do PT, de uma candidatura. Eu devo essa satisfação às minhas famílias, amigo e à nação. Não faço acordo. Não quero ser sócio de um governo falido, e nem cúmplice de um governo corrupto”.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que “de nenhuma forma” o PT, como partido, ou Dilma teriam estimulado ou patrocinado qualquer tipo de agressão nas redes sociais. O petista disse que não se pode atribuir essa ação ao PT e exemplificou que, no dia da eleição, foi atribuído a petistas a suposta morte por envenenamento do doleiro Alberto Youssef, delator do esquema de corrupção na Petrobras, que foi internado em um hospital em Curitiba no final de semana.

Se bem que se Aécio usar este tom, Dilma pode se fingir de ofendida de novo e dizer que ele está sendo “agressivo com as mulheres”.

Melhor que ele mande Dilma dialogar com sua mão…

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