Vejam esta foto:
Alguns
bobos sugerem que sinto raiva do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad
(PT). Eu? Não! Sinto por ele e por suas ideias um profundo desprezo
intelectual. Este senhor representa tudo aquilo que mais repudio em
política: a transformação da miséria e da abjeção numa categoria de
pensamento. Jamais houve um prefeito na cidade tão orientado a
atender às demandas dos ricos e descolados como o fanático do
ciclofaixismo. Os pobres que se danem. Por que isso?
Leio o seguinte em reportagem de Giba Bergamin Jr. e Apu Gomes, na Folha desta quinta:
“A multidão se amontoa em volta dos 48 barracos em busca das pedras de crack. É a feira de drogas que acontece 24 horas por dia na nova ‘favelinha’ da cracolândia, que cresce no centro paulistano. A aglomeração mostra que, quase na metade de seu mandato, a gestão Fernando Haddad (PT) não conseguiu reduzir o fluxo de dependentes químicos na região. Ao contrário. Deparou-se com o aumento da frequência de usuários e traficantes, mesmo após o lançamento de um programa que dá emprego e moradia a viciados, batizado de Braços Abertos.”
Ah, meus
Deus do céu! O arquivo do meu blog está à disposição. Ora, então o
prefeito decidiu criar um programa que garante salário e casa aos
viciados, sem lhes impor a necessidade de tratamento, e deveríamos nos
espantar que isso tenha levado ao aumento do consumo de drogas e de
viciados? Ora, o que o sr. Haddad fez foi criar a zona livre para o
consumo de droga.
Vejam a
foto que abre este post. Ali vocês veem a rua Cleveland, na Cracolândia,
na noite desta quarta. Aquele amontoado humano é formado por
consumidores de crack. É a feira da droga em plena atividade. Em junho, o
príncipe Harry, do Reino Unido, esteve em São Paulo. Haddad, com o ar
deslumbrado dos plebeus mixurucas, o levou, cheio de orgulho, para
conhecer a Cracolândia.
Sim, ele
se orgulhava daquela coisa miserável. Roberto Porto, secretário de
Segurança da cidade, um dos queridinhos de certa imprensa, resumiu assim
o espírito da visita do príncipe àquele inferno: “Pelo contato que
tive, que foi limitado, ele [o prínciope] gostou do que viu. Ele quis
saber a lógica de se ter um local monitorado, com as pessoas continuando
a venda de crack”. Porto é promotor. Deve conhecer o peso das palavras.
A venda de uma substância ilegal se chama “tráfico”; se tal substância é
droga, é “narcotráfico”. Dr. Porto diz que o nobre inglês gostou de
saber que há um pedaço no Brasil em que não se respeitam a Constituição e
o Código Penal.
Sou muito claro e direto: sinto nojo do que pensa essa gente. Isso nada mais é do que uma das formas da expressão da crueldade.
Sempre
afirmei neste blog que o programa Braços Abertos era, na prática, uma
ação coordenada de incentivo ao consumo de drogas. Talvez Harry tenha
ficado mais espantado ainda ao saber que a Prefeitura garante o fluxo de
dinheiro a uns 400 e poucos viciados, aos quais oferece moradia
gratuita — em nome da dignidade, é claro!
Quando foi
informado, se é que foi, de que os dependentes não precisam se submeter
a nenhuma forma de tratamento, deve ter pensado: “Como são estranhos
esses brasileiros! Na Inglaterra, nós recuamos até das liberalidades que
haviam sido criadas para o consumo de maconha”. Ao olhar a paisagem que
o cercava, deve ter dado graças aos céus pelo vigilante trabalho dos
conservadores no Reino Unido.
A
imprensa, com raras exceções, apoiou o programa porra-louca e cruel de
Fernando Haddad, o Coxinha do Ciclofaixismo. Eis aí o resultado. O
prefeito ousou desafiar as leis de mercado: resolveu criar,
indiretamente, todas as precondições para aumentar a oferta de drogas na
Cracolândia e inventou que a medida levaria a uma diminuição do
consumo. Ocorreu o óbvio: o consumo, o tráfico e a miséria humana
aumentaram.
Mantenho a
opinião que sempre tive sobre o programa Braços Abertos, de Haddad: eu o
considero criminoso. E me espanta muito que o Ministério Público, até
agora, não tenha resolvido evocar as leis contra tamanha
irresponsabilidade.
Querem
saber como é um país em que todas as drogas são livres? Visitem a
Cracolândia! É ali o reino da liberdade imaginada pelos irresponsáveis.
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