domingo, 30 de novembro de 2014

Mesmo com alta do PIB, país tem um dos piores crescimentos no mundo

 Desempenho deu ao Brasil um modesto 31º lugar numa lista com 34 países monitorados 

 
Correio Braziliense


28/11/2014 17:38
 

Rio de Janeiro – O país finalmente saiu do quadro de recessão técnica, após o Produto Interno Bruto (PIB) avançar 0,1% no terceiro trimestre do ano. Os números, apesar de positivos, ainda não são motivo de comparação. De acordo com ranking elaborado pela agência de classificação de riscos brasileira Austin Rating, o desempenho deu ao Brasil um modesto 31º lugar numa lista com 34 países monitorados pela empresa. Em nota, o Ministério da Fazenda falou em "retomada do crescimento econômico, embora em ritmo ainda modesto".

Pelo levantamento, o Brasil só superou os desempenhos registrados por Itália, Japão e Ucrânia, que amargaram quedas de 0,4%, 1,2% e 5,1%, respectivamente.

 
 
No caso do país do leste europeu, os maus resultados da economia ainda refletem, diz a Austin, os efeitos negativos da “severa guerra” travada com a Rússia neste ano. “Aliás, mesmo em guerra com a Ucrânia, a Rússia novamente apresentou desempenho melhor que o Brasil e anotou expansão de 0,7%”, assinalou o economista-chefe da empresa, Alex Agostini.

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A alta do Brasil, de 0,1% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, colocou o Brasil em desvantagem na comparação com outros países do leste europeu, que enfrentam “severas crises econômicas e financeiras”, reiterou o analista. “É o caso da Grécia, Polônia, Lituânia, Estônia e Eslováquia”, listou Agostini.

O Brasil também foi superado por países desenvolvidos que viveram no “olho do furacão”, emendou o analista, e citando economias que ainda não superaram por completo a crise financeira deflagrada no final de 2008, como Estados Unidos (2,4%), Reino Unido (3,0%) e Alemanha (1,2%).

Ele diz que, diante dos ainda tímidos resultados da economia brasileira no ano, ele reforçou a estimativa alta do PIB de apenas 0,3% este ano e de 1,4%, em 2015.

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