Os agora membros da base de Fernando Pimentel mudaram completamente de opinião, o que torna remota a possibilidade de uma nova iniciativa nessa linha ser aprovada
RICARDO
CORRÊA E LUCAS RAGAZZI
Bastou mudar de
lado para que antigos oposicionistas, hoje governistas, desistissem da CPI do
Mineirão. Após batalhar e questionar o fato de o colegiado não ser instalado
mesmo tendo 27 assinaturas, em uma decisão política da Mesa Diretora da Casa,
os agora membros da base de Fernando Pimentel mudaram completamente de opinião,
o que torna remota qualquer possibilidade de uma nova iniciativa nessa linha
ser aprovada.
A avaliação é a
de que o que antes era classificado como um duro golpe nas negociações feitas
pelo PSDB, agora, é motivo de receio, já que poderia iniciar um indesejado
“clima de guerra” na Casa. É o que diz, por exemplo, o deputado e líder do
governo na Assembleia, Durval Ângelo, que assinou a CPI, mas agora mudou de
ideia.
“O correto
seria aguardar uma auditoria. É o mais sensato a se fazer, até porque Pimentel
já está realizando auditorias em diversas áreas, então a CPI seria
desnecessária. Não seria bom começar o ano legislativo com um clima de guerra
na Assembleia”.
Dos 27
parlamentares que assinaram o pedido de abertura da CPI, em 2014, cinco se
tornaram secretários de Estado e um, Adalclever Lopes (PMDB), deve ser
empossado como presidente da Assembleia Legislativa. De acordo com um membro da
administração Pimentel, a “CPI do Mineirão só não acontece se o governo não
quiser”.
Fora do arco
governista, o deputado Fred Costa (PEN), que também assinou o pedido de
abertura da comissão, afirma que ainda há a necessidade de “tirar qualquer tipo
de dúvida” sobre o contrato entre o Estado e o consórcio Minas Arena.
“Não vejo
qualquer tipo de questão política que impeça a CPI do Mineirão de ser aberta. O
momento é até propício, já que não há eleição. Respeito muito Durval Ângelo,
mas tenho uma opinião diferente”, diz o deputado, presidente do PEN em Minas.
Os deputados
Rogério Correia (PT) e Sávio Souza Cruz (PMDB), que idealizaram a CPI, não
foram encontrados.
Cunha
em BH
O vereador Marcelo Aro (PHS), que toma posse na Câmara Federal em fevereiro, ofereceu nesta quinta em seu apartamento, no Belvedere, um jantar para o candidato à presidência da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em campanha, essa é a segunda vez que Cunha desembarca na capital neste mês.
O vereador Marcelo Aro (PHS), que toma posse na Câmara Federal em fevereiro, ofereceu nesta quinta em seu apartamento, no Belvedere, um jantar para o candidato à presidência da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em campanha, essa é a segunda vez que Cunha desembarca na capital neste mês.
No encontro, cerca de 30
convidados, “amigos, vereadores, deputados e pessoas sem mandato”, segundo Aro.
A pauta, segundo o anfitrião, não foi política, apesar de alguns convidados
garantirem que a campanha da Câmara seria o tema central. No cardápio, “nada
demais, comida simples, minha mulher que organizou”, diz Aro. Hoje, Cunha
recebe, na Câmara de BH, o título de cidadão honorário da capital. À tarde,
terá um almoço na casa de um ex-deputado.
O Solidariedade, comandado pelo deputado federal Paulinho da Força (SP), mantém o apoio ao líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), na disputa pela presidência da Câmara. Tanto que soltou nota não apenas reiterando o apoio, como criticando a ideia do bloco do qual faz parte, incluindo PSB, PPS e PV, de apoiar o mineiro Júlio Delgado.
O partido ainda pressiona para que o PSDB desista de Júlio e pense no apoio a Cunha. Na nota, o senador Aécio Neves é citado nominalmente.
“O Solidariedade apela aos partidos de oposição, inclusive ao senador Aécio Neves, para que rediscuta essa questão, com o objetivo de não se cometer o erro histórico”, afirma.
Cunha não perdeu tempo: compartilhou a nota em seu Facebook e marcou Aécio Neves para que ele leia.
Cores da Câmara. No momento em que a eleição para o cargo de presidente se transformou em uma salada partidária, com rachas no governo e na oposição, os três candidatos preferiram adotar as cores da Casa Legislativa em seus materiais de campanha. Nesta quinta, Arlindo Chinaglia divulgou sua logomarca e o site. Nada do vermelho petista nas peças. Da mesma forma, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já tinha usado as cores verde, azul e amarelo e o desenho do prédio como exemplo. Júlio Delgado (PSB) também adotou as cores.
R$ 210 mi GASTOU a Presidência com publicidade em 2014, mais que órgãos como o Ministério da Saúde, que faz campanhas de conscientização, diz o Contas Abertas
Pagamento. O governo de Minas informou nesta quinta que está previsto até o próximo dia 30 o pagamento dos serviços prestados pelos profissionais de saúde credenciados pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). O Estado culpa a gestão anterior por não deixar recursos para a quitação no prazo.
Parente no “BBB”
É sobrinha do vereador Wagner Messias Silva, o Preto (DEM), líder do governo de Marcio Lacerda na Câmara, a belo-horizontina Aline Gotschalg, 24, que entrou, na quarta-feira, na casa do “Big Brother Brasil”. Mas, para ficar no programa e concorrer ao milionário prêmio final, terá que mostrar que, como o tio, é boa de voto. Ela disputa com a brasiliense Júlia uma vaga no programa. Se não for a escolhida, volta pra casa no domingo. “Não é por ser minha sobrinha, mas é uma pessoa maravilhosa. Vamos todos votar nela”, diz Preto, que faz uma “minicampanha” pela parente.
Buscando experiências
Candidata pelo PSOL na última eleição presidencial, Luciana Genro diz que seu partido está de olho nos bons resultados de partidos à esquerda na Europa. Para isso, o PSOL mandará representantes à Grécia e à Espanha para acompanhar desdobramentos das eleições. Na Grécia, pesquisas desta semana mostram que o Syriza (Coligação da Esquerda Radical) aumentou a vantagem para as eleições legislativas do próximo domingo, dia 25. Na Espanha, com apenas um ano de vida, o esquerdista Podemos está perto de se tornar a maior força política do país.
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