terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Água não tratada da Billings tem bactéria que causa infecção

 27/01/2015 11h08


Sabesp diz que só distribui água tratada.
Com a crise hídrica, uso da água da represa para consumo será ampliado.


Do G1 São Paulo

Um teste com uma amostra da Represa Billings mostrou que a água está contaminada, informou o Bom Dia Brasil desta terça-feira (27). Quarenta e oito horas depois, um segundo teste mostrou quais bactérias estão presentes na água: escherichia coli, salmonella e shigella.


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta semana que o uso da água da represa será ampliado.


Segundo Marta Marcondes, professora da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, especialista em questões ambientais, as bactérias vêm junto com a contaminação por esgoto não tratado.


“Tanto a salmonella como a shiguella são bactérias que costumam desenvolver uma infecção intestinal que é persistente. e a pessoa que estiver debilitada vai sofrer muito mais com isso”, diz. “Criança chega ate morrer por conta de diarreia e vômito. Idoso também”, afirmou.
A água que chega na estação de tratamento é uma mistura das águas da represa de Guarapiranga e da Billings e teria um resultado semelhante aos detectados em laboratório. Essa, porém, é só a primeira fase do tratamento, que começa com um forte produto químico coagulante, que separa a sujeira da agua.


Segundo Roberval Tavares de Souza, superintendente da Sabesp, ao final do processo, a água é totalmente potável e obedece a rígidos padrões do Ministério da Saúde
“A sabesp faz testes diários que garantem a qualidade dessa agua”, diz. A água é distribuída diariamente para 4 milhões de pessoas na região metropolitana.


A previsão dos técnicos é que em sessenta dias já comecem a chegar mais dois mil litros de água por segundo para reforçar o sistema que abastece a região metropolitana.


Um grupo organizado por um órgão de defesa do consumidor, a proteste, se reuniu em frente ao Palácio dos Bandeirantes na tarde de segunda-feira (26) para exigir que o governo decrete oficialmente o racionamento e seja mais transparente nas informações sobre a crise hídrica.


“Por meio do racionamento aí sim pode ser instituída uma tarifa adicional, mas o consumidor  é devidamente informado com o racionamento dia e horário região em que a água vai ser retirada, o retorno desta água, as condições pra que o consumidor se prepare”, afirma Maria Inês Dolci, coordenadora da Proteste.

 

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