segunda-feira, 27 de abril de 2015

Chegou a época da seca.Luta contra o fogo é prioridade no DF.Cuidado com os churrascos nas áreas verdes!!

Prezados,


Como moradora e depois como presidente da Associação Park Way Residencial tenho lutado, durante vários anos, contra os vendedores de frango e de carne assada que comercializam seus produtos nas áreas verdes do DF.Tais vendedores instalam churrasqueiras ligadas a botijão de gás e utilizam carvão para preparar seus produtos e depois jogam os  carvões no " mato". Que obviamente pega fogo.O fogo, na época da seca, se alastra e a irresponsabilidade de um comerciante de frango assado se transforma em milhares de mts2 de área queimada e dezenas de animais mortos.

A irresponsabilidade não abrange apenas os  comerciantes.Famílias que muitas vezes se reúnem para um  piquenique domingueiro podem se sentir tentadas a fazer um churrasco e, sem querer, iniciar uma queimada que, além de dizimar o cerrado, poderá colocar em risco a integridade das propriedades mais próximas e a vida de seus habitantes.



Família fazendo churrasco à beira da Lagoa do Cedro, na Quadra 16 do Park Way. Retiraram alguns mourões que protegem a área para fazer fogueira.Ignoraram as placas indicativas de que a área é de proteção ambiental.



Por isso insto as autoridades responsáveis a exercer uma fiscalização rigorosa no sentido de impedir tais tipos de atividade que podem, a principio, parecer inofensivas, mas que têm um potencial catastrófico, não apenas para as florestas e para a avifauna mas também para os seres humanos.  

 

Flavia Ribeiro da Luz

 

Prevenção contra incêndios florestais é prioridade no DF

O Jardim Botânico de Brasília é uma das instituições participantes do plano, por ser constantemente afetada por queimadas
 

"Investir em prevenção."


 A frase do subsecretário de Áreas Protegidas, Cerrado e Direito dos Animais, da Secretaria do Meio Ambiente, Romulo Mello, resume bem o principal objetivo do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais deste ano. 



Os cerca de 15 órgãos envolvidos no planejamento começaram a trabalhar para que, em 2015, as queimadas sejam menos intensas que em 2014 — quando o Comando do Grupamento de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros do DF registrou 3.837 ocorrências de incêndios florestais, ou 7.414,47 hectares de área queimada — o equivalente a sete campos de futebol. O número foi menor do que em 2013, que contabilizou 4.132 casos referentes a 7.924,65 hectares.



O Jardim Botânico de Brasília é uma das instituições participantes do plano, por ser constantemente afetada por queimadas. Por isso, tem uma brigada voluntária, formada por 14 funcionários e treinada para realizar o primeiro combate em caso de incêndios. "Nós temos áreas frágeis, como campo de murundus, matas de galeria, veredas, cerradão [ver glossário], locais que não se recuperam com tanta facilidade. Temos que ficar preparados para conter qualquer possível fogo até que chegue o socorro dos bombeiros", explicou o gerente de Prevenção e Combate a Incêndio do Jardim Botânico, Rogério Cruz, ao reforçar que o grupo também responsável por fazer rondas para preservar os 5 mil hectares de estação ecológica e área de visitação do local.



O Corpo de Bombeiros terá a responsabilidade de treinar as brigadas que forem solicitadas. Por enquanto, o Jardim Botânico já se manifestou. Além de, no início de abril, ter começado uma série de oficinas com comunidades rurais, onde há grande incidência de queimadas. A primeira capacitação foi em Sobradinho, na Associação dos Produtores do Lago Oeste.


Os moradores aprenderam a confeccionar os próprios abafadores, com materiais cedidos pelo Corpo de Bombeiros. As ferramentas, construídas com borracha e caule de reflorestamento de eucalipto, ajudarão em combates a incêndio. A ação faz parte da operação Verde Vivo, lançada pela corporação em 16 de março.


O Ibram, por sua vez, trabalha em estudo para fazer os aceiros necessários, mais perto da época de seca, que, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, INMET, costuma começar em maio. O instituto ainda capacitará equipes do Corpo de Bombeiros para que elas tenham conhecimento das áreas dos parques pertencentes ao Ibram.


Enquanto isso, o CBMDF faz levantamento estratégico em outras áreas, como a Floresta Nacional, o Parque Nacional de Brasília e a Chapada Imperial. A ideia é que, com o auxílio de um GPS, os bombeiros listem todas as saídas, pontos para captação de água e outras características importantes dos locais.


Tecnologia
O Jardim Botânico também testa, há cerca de quatro meses, o aplicativo DF 100 Fogo, que será usado pelos membros do plano de prevenção como auxílio ao combate de incêndios florestais. A ferramenta, que está sendo aprimorada e, a princípio, atende apenas à plataforma android, possibilitará que a comunidade informe, em tempo real, sobre as queimadas, com o local e uma foto com a proporção do fogo.


A previsão da instituição é a de que o aplicativo, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (SP) e o Instituto Brasileiro de Informações em Ciência e Tecnologia, seja lançado no fim de maio. Na data, organizações de proteção ambiental e visitantes do Jardim Botânico poderão acompanhar um sarau e palestras sobre o perigo da queima de restos de podas — a principal causa de incêndios na área, já que o fogo colocado em lugares vizinhos acaba se alastrando e atingindo o local. "A chama geralmente vem das residências ou da DF-001 (rodovia que circula todo o Distrito Federal) e se não for controlada pode acabar chegando ao Jardim Botânico", avisou Rogério Cruz.



Educação ambiental
Para Romulo Mello, é imprescindível a participação de toda a comunidade nas ações de prevenção contidas no plano. "O importante é que a sociedade se sinta responsável pelo processo e evite o incêndio florestal. Você pode ajudar com atitudes como deixar de queimar restos de vegetação; os agricultores precisam fazer seus aceiros, as queimadas controladas, e ficar atentos para que isso não se transforme em algo maior."


O planejamento ainda conta com um programa específico de educação ambiental, que também reúne ações de todos os órgãos incluídos no Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais — o Fogo Apagou. A iniciativa, que tem as primeiras atividades previstas para maio, terá palestras em escolas de áreas de risco, distribuição de fôlderes para o público rural sobre queimada controlada e destinação do lixo, confecção de cartilhas sobre prejuízos e prevenção.


Antecedência
Para atingir a meta de diminuir as ocorrências de incêndio florestal, investindo em prevenção, o grupo envolvido no plano começou as reuniões mais cedo este ano, cerca de três meses antes do habitual. "Passamos a nos reunir em fevereiro, mas discutimos o assunto desde o início de 2015. É entendimento do secretário do Meio Ambiente, André Lima, que nós tenhamos mais medidas de prevenção do que medidas de combate", explicou Romulo Mello, ao destacar que essa também é a primeira vez que o plano é sistematizado. Segundo o subsecretário, cada órgão definiu representantes para compor a equipe e definir ações específicas tanto de prevenção quanto de combate.


O Plano
O Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais foi instituído pelo Decreto nº 14.431, de 11 de junho de 1996, agora revisado e atualizado pelo Instituto Brasília Ambiental. O documento reúne instituições do governo federal e distrital, além da sociedade civil.


A coordenação do planejamento é competência da Secretaria do Meio Ambiente, que, segundo o subsecretário de Áreas Protegidas, Cerrado e Direito dos Animais, marcará reuniões mensais para avaliar o andamento das ações descritas: "Nós vamos monitorar para ver se o que as instituições relacionaram no plano está ocorrendo".


Participam órgãos executores de apoio direto ou eventual. São colaboradores do planejamento a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; a Subsecretaria da Defesa Civil; a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb); a Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde; o Batalhão da Polícia Militar Ambiental; o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet); a Reserva Ecológica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater); as administrações regionais; o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR); a Fazenda Água Limpa, da Universidade de Brasília; o Parque Nacional de Brasília; a Estação Ecológica de Águas Emendadas; o Departamento de Estradas e Rodagens do Distrito Federal; e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil.




Fonte: Agência Brasília Jornal de Brasília

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