Bruno Braga.
Diante de tantos
escândalos, só mesmo um petista de carteirinha para se prestar ao
papelão de defender a quadrilha que tomou de assalto o país. Mas, será
que, mesmo assim, a cara não queima? Não, se o petista for Dimas Enéas. O
bravo caradura se propõe, não só a proteger os seus cupinxas, mas a
analisar uma "saída" para a "crise política" gerada pelos seus próprios
correligionários.
O interessado pode ler o
artigo de Dimas Enéas no site pro-PT "Barbacena Mais" [1]. Como
esclarece a nota final, o texto foi redigido a partir de um debate que
ocorreu na UFMG. Na Universidade que ultimamente tem se destacado nas
páginas dos jornais como "boca de fumo", local para a venda de
abortivos, para a promoção de protesto pelado de "revolucionários"
LGBT-gayzistas e realização de uma tal "Oficina de Siririca" [2].
O
curioso é que tudo isso - que deixa espantado qualquer um com o mínimo
de bom senso - faz parte da agenda do partido do senhor Dimas Enéas:
ABORTO - ASSASSINATO DE CRIANÇAS INOCENTES -, LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS e
IDEOLOGIA DE GÊNERO na educação de crianças e jovens. Bom, se as
ocorrências escabrosas não são capazes de quebrar no imaginário das
pessoas o mito da Universidade como "Templo do Saber" - sobretudo o das
"federais" -, poderiam pelo menos fazê-las suspeitar de que nem tudo o
que se produz ali - e com dinheiro público - tem um compromisso efetivo
com o conhecimento. É o caso do próprio artigo de Dimas Enéas.
O texto tem aquele
estilo afetado, a marca própria de ambientes de auto-ensebação
acadêmica, onde apenas "iniciados" e militantes estão à altura de
compreender a "sublime" tipificação do governo Lula: "modelo de estado
fordista fundado numa espécie de neoclientelismo a partir do próprio
estado".
Para não perturbar
excessivamente os "não-iniciados" com outros jogos conceituais, com
estereótipos e chavões que pouco ou nada dizem, é salutar ir direto à
chave de leitura do artigo. Ela está na conclusão, na qual Dimas Enéas
declara que nem tudo está perdido. Para o petista, a "crise política"
seria uma oportunidade para "fortalecer um fenômeno social de
conscientização política de classes" - o que significa colocar tudo
dentro da lente marxista da "luta de classes".
A consequência da
iniciativa é a distorção dos fatos e a denúncia de uma série de
alucinações paranoides. É a artimanha para defender os cupinxas. O
leitor pode notar que, no texto, o PT, o "lulismo", a Presidente Dilma -
"coitadinhos" - são sempre "vítimas", ou do PMDB, ou da "bancada ultra
conservadora do Congresso Nacional", do "jornalismo", de "lideranças
políticas neopopulistas" e, claro, das "classes abastadas".
Com relação a estas,
Dimas Enéas se supera. Das duas, uma: ou é caso de pura má-fé ou sintoma
de esquizoidia aguda. Na cabeça do petista, os "escândalos de
corrupção" alimentam o "ódio" das "classes abastadas". Como o "governo"
nunca as "beneficiou", então elas lançam a calúnia de que se "rouba dos
cofres públicos para sustentar um projeto de poder". O leitor que ainda
tem pelo menos o dedão de um dos pés na realidade certamente irá se
questionar: "eu realmente li isso?"
Ora, não é alarde ou
invencionice das tais "classes abastadas", são autoridades policiais e
judiciais que diariamente revelam os mecanismos do amplo esquema
comuno-petista e confirmam a trama para a perpetuação no poder. O
"mensalão" foi apenas uma pequena amostra disso - aos poucos as suas
extensões estão sendo reveladas, entre elas, na Petrobrás e no BNDES.
Dimas Enéas fala em
"ódio". Mas, sem um referencial, sem um exemplo sequer do que ele
denuncia como "a velha direita racista e conservadora brasileira",
parece que é ele mesmo quem, no ato da invenção de "inimigos" malignos
para encenar a quixotesca "luta de classes", derrama espuma pelos cantos
da boca. E não é por acaso, pois o "ódio" está na essência da "luta de
classes". Se o leitor tiver alguma dificuldade em concebê-lo em termos
teóricos, basta olhar para os seus efeitos concretos. Para os regimes
comunistas, que na sua batalha de "redenção da humanidade" e defesa do
"povo" foram - e são - a maior e mais eficiente máquina de produzir
cadáveres, miséria e opressão.
Para concluir, é
interessante olhar para a data de hoje. Certa vez, Dimas Enéas escreveu
que Nossa Senhora Aparecida é um mito imaginário criado pela Igreja
Católica para fortalecer o poder político do Vaticano no Brasil [3].
Naquela oportunidade, ele desprezou a história e os fatos. Mas, é ele
mesmo quem agora tenta lançar uma nuvem "ideológica" para ofuscar as
ações daqueles com os quais tem um vínculo partidário. O petista não
mede esforços, contorcionismos e afetações acadêmicas para proteger o
projeto comuno-petista de poder.
É a típica estratégia leninista:
acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é. Em meio às
dificuldades do momento, os brasileiros celebram a padroeira do país em
uma festa de devoção e piedade. No entanto, para Dimas - que também é
professor e sindicalista - a "crise política" é a oportunidade perfeita
para pregar a "luta de classes", para disseminar o "ódio" que ele diz
condenar.
REFERÊNCIAS.
[1]. "Qual a saída para a crise?" [http://barbacenamais.com.br/index.php/politica/33-politica-brasil/1586-qual-a-saida-para-a-crise].
[2]. "A 'Pátria Educadora' comuno-petista: abortismo, pedofilia e gayzismo" [http://b-braga.blogspot.com.br/2015/10/a-patria-educadora-comuno-petista.html].
[3]. Cf. "PETISTA afirma: Nossa Senhora Aparecida é uma criação da Igreja Católica" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/06/petista-afirma-nossa-senhora-aparecida.html].
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