10/10/2015
Governo tem pressa para sinalizar aos partidos que todos os compromissos assumidos durante a negociação da reforma ministerial serão cumpridos
“O Brasil está sendo vendido a troco de poder” Uma vergonha nacional !
Em esforço para evitar a abertura de um processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff determinou aos ministros responsáveis pela articulação política que entreguem cargos no segundo e terceiro escalões aos partidos aliados, ainda que isso implique em mais sacrifício ao PT, que já perdeu espaço nos ministérios. As negociações serão conduzidas pelo ministro Jaques Wagner, novo titular da Casa Civil.
Em esforço para evitar a abertura de um processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff determinou aos ministros responsáveis pela articulação política que entreguem cargos no segundo e terceiro escalões aos partidos aliados, ainda que isso implique em mais sacrifício ao PT, que já perdeu espaço nos ministérios. As negociações serão conduzidas pelo ministro Jaques Wagner, novo titular da Casa Civil.
O governo tem pressa para sinalizar aos
aliados que todos os compromissos assumidos durante a negociação da
reforma ministerial serão cumpridos. “O PT vai ter de entender o momento
grave e a necessidade de governar em parceria, repartindo espaço com os
demais partidos da base aliada”, diz um dos interlocutores da
presidente. Segundo ele, Dilma avisou que todos os ministros têm de
reservar horários em suas agendas para atender os parlamentares.
O PDT, por exemplo, que assumiu o
Ministério das Comunicações, já avisou que vai trocar o presidente dos
Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, com aval do Planalto. O mesmo se
repetirá no Ministério da Saúde, que saiu das mãos do petista Arthur
Chioro e foi para as do peemedebista Marcelo Castro. “Na Saúde, nem a
secretária executiva do ministro Chioro atendia os parlamentes, fosse
recomendado por quem fosse”, lembrou um interlocutor do Planalto. Apesar
da resistência do PT, o PMDB já colocou seus “tanques” nos corredores
para abrir passagem e vários secretários já estão desocupando suas
salas.
A promessa é que muitos outros entraves
sejam solucionados. O PTB, por exemplo, reclama que não conseguiu ocupar
os cargos prometidos no Incra e da Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab). Aguardam ainda a liberação da Superintendência de Seguros
Privados (Susep), da Casa da Moeda e do Instituto de Resseguros do
Brasil (IRB). O PRB, partido que ocupa o Ministério dos Esportes, com
George Hilton, ameaça se rebelar se o PC do B não abrir espaço nos
segundo e terceiros escalões para que o seu partido ocupe o espaço.
Da mesma forma, o PP se queixa de que
não conseguiu assumir ainda o Ministério da Integração. E o PSD, por sua
vez, reclama que as Cidades não foram entregues a eles, de fato, apesar
de Gilberto Kassab estar no posto desde janeiro. Até nomeações para as
quais havia acordo político, como do Banco da Amazônia (Basa) e
Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), estão paradas,
assim como algumas vice-presidências da Caixa Econômica Federal.
(Com Estadão Conteúdo)
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