Durante tumulto na porta de delegacia, black bloc ameaça jornalistas
Publicado: 9 de fevereiro de 2014 às 20:53
Os jovens reagiram pedindo para não serem filmados , mas não foram atendidos. A militante Elisa Quadros, conhecida como Sininho, reagiu e chamou os jornalistas de “carniceiros”, dando início a um bate-boca. “Os próximos serão vocês”, disse o jovem identificado apenas como Yan, em referência ao ocorrido com Andrade.
O cinegrafista Leandro Luna – que estava a serviço da Bandeirantes – agrediu Yan com sua câmera. O militante ficou ferido na cabeça.
A polícia teve que intervir e levou o grupo para a delegacia para prestar depoimento. Segundo a Polícia Civil, foram registrados dois boletins de ocorrência: um em que Luna acusa Yan de ameaça e outro que apura a lesão corporal que Luna teria cometido contra o manifestante. O caso será encaminhado ao Juizado Especial Criminal.
“A gente estava atravessando a rua e viu as câmeras ligadas na nossa direção. Pedimos para não filmar e (eles) nos chamaram de assassinos”, disse Yan, de 19 anos, que admitiu ter ameaçado os jornalistas.
Ao todo cerca de seis jovens militantes estiveram na delegacia para prestar solidariedade e buscar mais informações sobre a situação de Raposo, que foi levado do local para triagem e em seguida seria encaminhado a um presídio. “Queremos entender o que está acontecendo porque o Fox estava no Ocupa Cabral e no Ocupa Câmara com a gente”, disse Sininho.
A estudante de jornalismo Bruna Freire, de 20 anos, contou que conheceu Fabio Raposo em outras manifestações e classificou o amigo de educado, gentil e muito família. Segundo depoimentos dos companheiros de manifestação, Fox andava afastado porque queria se dedicar à carreira de tatuador profissional.
Procurada, a TV Bandeirantes não se manifestou até a noite deste domingo.
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