Categoria diz que vai lutar para receber benefícios concedidos à PM e fala até em paralisação
Renan Bortoletto
Especial para o Jornal de Brasília
A crise na área da segurança pública do Distrito Federal pode ganhar novos capítulos nos próximos dias.
Embora as negociações entre o governo e a Polícia Militar pareçam caminhar para um final até a próxima sexta-feira, quando o governador Agnelo Queiroz deve anunciar melhorias para a corporação, a Polícia Civil se prepara para exigir as mesmas compensações concedidas à PM. De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol), até mesmo uma paralisação da classe não está descartada.
O assunto vem à tona e ganhou força depois de um áudio do comandante-geral da PM, Anderson Carlos de Castro Moura, ter vazado na internet. No áudio, ele demonstra preocupação com a imagem da PM perante a opinião pública, cita como exemplo a última greve dos policiais civis e afirma que a categoria encerrou o movimento “com o rabo entre as pernas”.
Para o presidente do Sinpol, Ciro José de Freitas, a classe não é contra as reivindicações da PM. “Não contestamos o que a corporação tratou com o governo, bem como as reivindicações feitas. Mas vamos exigir que qualquer melhoria concedida à PM seja estendida à Civil.”
Promessas
O presidente do sindicato afirma que desde o término da greve, em 2012, a classe vem conversando com o governo, que ainda não atendeu o principal pedido da entidade. “Uma lei de 1996 diz que o ingresso para qualquer cargo na Polícia Civil só é possível para profissionais com terceiro grau.
Só que a carreira é nivelada pelo Ensino Médio, ou seja, praticamente toda a Polícia Civil tem graduação superior mas não é tratada como tal. O governo não se movimentou o suficiente para que o projeto tramitasse em esfera federal”, disse Freitas.
Além disso, o governo teria feito outras promessas aos policiais civis que vão desde o aumento salarial até o nivelamento da proporcionalidade de salários pagos a um delegado e agentes civis. “Houve um distanciamento em torno de 60% a 65% entre os salários, o que é alto”, complementou Ciro. Ao término da greve em 2012, o governo concedeu aumento salarial de 15% aos policiais civis reajustados em três parcelas de 5% ano a ano.
Especial para o Jornal de Brasília
A crise na área da segurança pública do Distrito Federal pode ganhar novos capítulos nos próximos dias.
Embora as negociações entre o governo e a Polícia Militar pareçam caminhar para um final até a próxima sexta-feira, quando o governador Agnelo Queiroz deve anunciar melhorias para a corporação, a Polícia Civil se prepara para exigir as mesmas compensações concedidas à PM. De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol), até mesmo uma paralisação da classe não está descartada.
O assunto vem à tona e ganhou força depois de um áudio do comandante-geral da PM, Anderson Carlos de Castro Moura, ter vazado na internet. No áudio, ele demonstra preocupação com a imagem da PM perante a opinião pública, cita como exemplo a última greve dos policiais civis e afirma que a categoria encerrou o movimento “com o rabo entre as pernas”.
Para o presidente do Sinpol, Ciro José de Freitas, a classe não é contra as reivindicações da PM. “Não contestamos o que a corporação tratou com o governo, bem como as reivindicações feitas. Mas vamos exigir que qualquer melhoria concedida à PM seja estendida à Civil.”
Promessas
O presidente do sindicato afirma que desde o término da greve, em 2012, a classe vem conversando com o governo, que ainda não atendeu o principal pedido da entidade. “Uma lei de 1996 diz que o ingresso para qualquer cargo na Polícia Civil só é possível para profissionais com terceiro grau.
Só que a carreira é nivelada pelo Ensino Médio, ou seja, praticamente toda a Polícia Civil tem graduação superior mas não é tratada como tal. O governo não se movimentou o suficiente para que o projeto tramitasse em esfera federal”, disse Freitas.
Além disso, o governo teria feito outras promessas aos policiais civis que vão desde o aumento salarial até o nivelamento da proporcionalidade de salários pagos a um delegado e agentes civis. “Houve um distanciamento em torno de 60% a 65% entre os salários, o que é alto”, complementou Ciro. Ao término da greve em 2012, o governo concedeu aumento salarial de 15% aos policiais civis reajustados em três parcelas de 5% ano a ano.
Sindicato cobra retratação de comandante
O Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol) também se manifestou
contra a afirmação do comandante-geral da PM gravada em áudio. “Nós
temos um bom relacionamento com a Polícia Militar. A declaração se
tornou pública e cobramos um posicionamento, uma retratação”. Uma nota
de repúdio foi veiculada no site do sindicato.
O diretor da Polícia Civil do Distrito Federal, Jorge Luiz
Xavier, disse ontem à noite que ainda não teve acesso ao áudio. “Não
estou sabendo do áudio. Sei que existem negociações em andamento, mas
não recebi nada formal”, disse. Ele não quis dar mais detalhes sobre o
assunto e disse que vai aguardar um posicionamento do sindicato.
Sem resposta
A reportagem tentou contato com o comandante-geral da PM, Anderson
Moura, que não atendeu nem retornou as ligações. A assessoria de
imprensa da PM também não se pronunciou sobre o assunto.
Impasse
Moradores do DF acompanham o impasse da área de segurança pública
desde o ano passado. Sucessivamente, várias operações foram deflagradas
por parte dos PMs. Os índices de criminalidade dispararam.
O coronel Mauro Brambilla, presidente da Associação dos Oficiais
Reformados da Polícia Militar (Asor), confirmou que na noite da última
segunda-feira uma reunião no quartel do Comando-Geral do Corpo de
Bombeiros expôs aos companheiros de classe o que foi reivindicado ao
governo do Distrito Federal. “A reunião durou aproximadamente três horas
e reuniu os comandantes da PM e do Corpo de Bombeiros, além de 12
associações”, disse.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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