quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Ecologistas depositam flores em embaixada dinamarquesa na Rússia em memória à morte de girafa

12/2/2014 às 11h41

Marius foi morto no final de semana por zoo de Copenhague com um tiro na cabeça


EFE

Ativistas do movimento ecologista russo O Século Verde depositaram nesta quarta-feira (12) flores em frente à Embaixada da Dinamarca em Moscou para lembrar de uma girafa que foi sacrificada no domingo passado no zoológico de Copenhague.

"Consideramos que a atitude com os animais é um indicador do nível de desenvolvimento do povo. Um sacrifício público de um animal de um zoológico é uma vergonha para uma sociedade do século 21", informa a ONG em comunicado.

Os ecologistas protestavam assim contra o sacrifício e posterior desmembramento — apesar de uma intensa campanha pública na internet para salvar sua vida — da girafa Marius, de dois anos, com o fim, segundo a administração do zoo, de evitar futuros problemas de consanguinidade.

O animal foi desmembrado na presença de dezenas de crianças que visitavam o zoológico, como é possível ver nas impactantes fotos do ato, divulgadas na internet e pela imprensa.

Filhote de girafa vira comida de leões

Os ativistas colocaram flores e girafas de pelúcia na cerca da missão dinamarquesa, no centro de Moscou, "para simbolizar a crueldade humana sem sentido que se esconde por trás dos discursos sobre a civilização e o humanismo", segundo a nota.

As imagens da esfoladura do animal causaram a indignação de milhares de blogueiros russos, que além disso denunciaram a indiferença das autoridades dinamarquesas perante outra "manifestação de crueldade" na Dinamarca: o tradicional massacre de golfinhos nas zonas litorâneas das ilhas dinamarquesas de Faroe.

Enquanto isso, a direção do zoológico defendeu que Marius devia ser sacrificada porque o objetivo é assegurar que os melhores genes passam às gerações vindouras, preservando a longo prazo a sobrevivência das espécies que acolhem.

O centro assegurou que sacrifica entre 20 e 30 animais de média ao ano para que as espécies que mantêm sejam conservadas sãs.

De nada serviram as milhares de assinaturas que recolheram vários pedidos populares online, as queixas de várias ONGs para a proteção dos animais e as ofertas de outros zoos, que se mostraram dispostos a acolher o animal que Copenhague preferia sacrificar.

O animal morreu por um disparo de uma pistola, depois que foi descartado o emprego de uma injeção letal — que teria contaminado sua carne —, já que seus restos deviam ser empregar não só para pesquisa, mas também para alimentar a carnívoros do zoo.

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