21/03/2014 10:22
Agencia Camara.
Amanhã é o Dia Mundial da Água. A
data foi criada pela Organização das Nações Unidas, em 1992, para trazer
luz a importância da defesa desse bem natural, que responde por dois
terços do planeta.
Neste ano, a data chega em meio à polêmica do anúncio do governo paulista de projeto de transposição de até cinco mil litros, por segundo, da bacia do Rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira.
A Agência Nacional de Águas (ANA ) ainda não autorizou a captação das águas.
O objetivo da obra é evitar crises
futuras de estiagem no manancial que abastece a Grande São Paulo.
Mas o
governo do Rio reagiu à pretensão paulista e alertou para os riscos da
proposta, uma vez que a captação no Rio Jaguari, um dos principais
afluentes do Paraíba do Sul, provocaria reflexos no abastecimento de
água de cidades do sul e do norte fluminense.
Sabesp
Sistema da Cantareira
Para repercutir a data mundial e toda
essa polêmica do Sistema Cantareira, o programa Com a Palavra ouviu o
vice-presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Paranoá, membro
da bacia hidrográfica do Rio Paranaíba, PHD em ecologia, o professor do
Instituto de Biologia da Universidade de Brasília, Paulo Salles.
Paulo Salles informou que,
recentemente foram divulgados estudos da SOS Mata Atlântica.
Em São
Paulo, a pesquisa mostrou que 82% dos rios estão com água de qualidade
ruim ou péssima.
No Rio de Janeiro, em 15 pontos de coleta, os dados
também são negativos: com 100% do material com qualidade ruim ou
péssima.
O professor critica o modo como a sociedade cuida dos rios, piorando a qualidade das águas e encarecendo todo o sistema.
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