domingo, 23 de março de 2014
Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Será que o Brasil é uma enorme fábrica que
tenta produzir gelo no ambiente original do inferno? Institucionalmente
falando, parece que sim. Por que sofremos da maldição de nunca conseguir
aprontar um produto democrático e civilizatório de qualidade. Por que nós
sempre estamos numa gélida roubada institucional?
Usufruindo dos apodrecidos e corruptos
poderes do sistema Capimunista tupiniquim, a politicagem empregada pelo voto
compulsório dos brasileiros e brasileiras (royalties para o imortal Sarney) dão
enorme contribuição para a organização do caos. Também sabemos da imposta
vocação histórica para que o Brasil sempre seja uma rica colônia de exploração
mantida artificialmente na miséria pelos poderes globalitários.
Acontece que, no final das contas, a culpa
maior não é da Oligarquia Financeira Transnacional. Nem pode ser totalmente
debitada aos políticos que trabalham como agentes conscientes dos controladores
ou que apenas cuidam do próprio umbigo. Os ditos segmentos esclarecidos, com
potencial de educação e liderança, são os maiores responsáveis pela situação
que vigora permanentemente.
Não vamos perder tempo falando do governo
petralha, em aliança com parceiros de negócios, aparelhando e transformando a
máquina estatal em um brinquedo do crime organizado. Eles são o subnitrato de
pó de merda do cocô do cavalo do bandido do filme de quinta categoria
financiado com recursos capimunistas da Lei do Audiovisual. A gestão Dilma
Rousseff, comandada pelo Presidentro Lula, já se desmoralizou completamente.
Não tem credibilidade internacional para continuar no poder. Portanto, sua
queda é questão de pouco tempo.
A grande questão é: o que vai ser feito do
Brasil quando a petralhada for removida, total ou parcialmente, do poder? Que intenções
tem com o Brasil aquela facção que, nos tempos eleitorais, tenta se mostrar
como “oposição ao que está aí”? Seremos realmente capazes de mudar alguma coisa
para melhor, na atual falta de definição política? O que queremos fazer? Aonde
desejamos chegar? Que projeto se tem, claramente definido e publicamente
anunciado, para o Brasil?
A resposta sincera é: Nenhum. A fábrica de
gelo no inferno continua operando a pleno vapor. Claro, financiada por dinheiro
público. Com certeza, a grana para ela vem do modelo dependente. Pegamos
dinheiro emprestado e vamos só pagando os juros, para que a dívida seja sempre
eterna. A prioridade burra é garantir o consumismo imediato. Nada de investir
em infraestrutura, ciência & tecnologia, qualidade efetiva do ensino
básico e na valorização do trabalho, implantando um modelo de impostos que
facilite e não penalize a produção e o cidadão.
O governo do crime organizado é
especializado na arte de enxugar gelo. Vide o próprio suposto modelo de combate
à violência. O que acontece nas violentas periferias de São Paulo e Rio de
Janeiro é bem significativo do quadro de má vontade para solucionar problemas
histórico-culturais. Investe-se na repressão na desculpa de combater um modelo
empreendedor criminoso, bem sucedido mundialmente, como o tráfico de drogas.
Uma indústria que tem a cadeia produtiva,
de consumo e de autofinanciamento tão organizada como esta não vai ser
desmontada pela ação hollywoodiana de intervenções pontuais das tropas de
elite. A desestruturação urbana das grandes cidades, permitindo a criação de periferias
e guetos que operam com lógica própria, independentemente da estrutura pública
tradicional, é a permanente pré-condição para a criminalidade, a violência e a
anomia prosperarem. O caos se reproduz facilmente.
É tetricamente engraçado, uma ironia dos
diabos, assistir a documentários, uns produzidos há dois anos atrás e outros,
agora, sobre as Unidades de Polícia Pacificadora. Percebe-se o fracasso prático
da grande ideia de ocupar com o aparato policial e alguns serviços do Estado,
as áreas antes comandadas pelo narcotráfico. As pré-condições para o caos fazem
o germe da bandidagem renascer. O vírus é imortal. O narcotráfico – uma
lucrativa atividade econômica marginal – consegue sobreviver, camaleonicamente,
com a suposta repressão das forças de “segurança”.
Tão triste quanto isso é ver a situação de
nossas forças armadas – cada vez mais enfraquecidas pela propaganda ideológica
dos que desejam manter o Brasil sem soberania e sem segurança. Oficialmente, os
militares estão proibidos pelo governo Dilma do Chefe de celebrar os 50 anos do
movimento civil-militar de 1964. Estas mesmas forças desmoralizadas pelo
governo são convocadas, heroicamente, pelo mesmo governo para fazer o serviço
de uma polícia militar, na garantia da lei e da ordem, nas ações contra os “guerreiros
da periferia”.
Curiosamente, esta mesma força armada proporciona
à Nação uma outra lamentável e estranha de demonstração de fraqueza. Todo mundo
assiste, estarrecido, à profusão de escândalos bilionários de incompetência,
corrupção e desgovernança corporativa na Petrobras. Acontece que o Exército tem
um representante no Conselho de Administração da estatal de economia mista.
Trata-se do ex-comandante da força terrestre, o General de quatro estrelas
Francisco Albuquerque.
A pergunta que o mercado anda formulando lá
para dentro dos quartéis é: O que o General Albuquerque tem feito para impedir
os desmandos na companhia? Ao que se sabe, da mesma forma que a presidenta
Dilma, o General também votou a favor da compra da refinaria Pasadena. Ele e outros
conselheiros também aprovaram empreendimentos temerários, como a refinaria
Abreu e Lima, de Pernambuco, e o Comperj, de Itaboraí.
O mercado e a sociedade aguardam o
pronunciamento oficial do Exército Brasileiro sobre os escândalos na Petrobras.
Apenas para recordar a história, João Goulart caiu por bem menos em 1964. Antes
de algum eventual golpe surpresa – não programado para agora -, seria mais
interessante saber o que pensam os militares da ativa sobre a tragédia na
Petrobras – que mexe com a economia e a segurança nacional do Brasil.
Por favor, não peçam permissão à Comandanta
em Chefe das Forças Armadas para que seja possível o solicitado e urgente
pronunciamento. Dilma prefere que não se fale sobre o assunto que foi a pá de
cal do seu desgoverno. Mas, pelo menos na assembleia da Petrobras de 2 de
abril, seria bom escutar um voto de protesto do General Albuquerque, em nome do
Exército que lhe escalou para receber o polpudo jetom de conselheiro da
petroleira.
O General Enzo Martins Peri, que fica
justamente PT da vida quando lê reclamações como as deste artigo, deveria
reunir os 15 generais do Alto Comando para tratar do assunto e dar uma resposta
clara à sociedade que confia nas Forças Armadas. Mesmo conselho é válido para
os comandos da Marinha e da Aeronáutica. Aliás, quando tratarem da Petrobras,
abordem também o caos na Eletrobras.
Na escolinha básica, a gente aprendeu que
isso é assunto de Segurança Nacional... Se a temperatura do inferno vai subir
por causa da reunião de vocês, não tem problema. Peçam uma graninha ao BNDES
para aumentar a produção de gelo na fábrica do Cramulhão. Só não deixem os
petralhas levarem a comissão do negócio para os paraísos fiscais, fazendo o
dinheiro voltar ao Brasil, depois, lavado a jato, como pretenso investimento
estrangeiro direto...
De resto, como ordenou a Comandanta Dilma,
vamos fechar os olhinhos e esquecer que 1964 existiu... No estágio atual, é
melhor promover um grande coquetel, em 1º de abril (que dizem ser o Dia da
Mentira), para celebrar os 1000 anos da Batalha de Itararé... Nesta festinha,
se me convidarem, levo uma das garrafas de cachaça da minha coleção... E ainda “tragarei”
um copo reserva, para o caso de o chefão Lula aparecer por lá para bebemorar
com a gente... PassaDilma... Vocês já eram!
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