A refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, tem capacidade para processar 100.000 barris de petróleo por dia. A Petrobras pagou U$ 360 milhões por 50% da empresa, em 2006. A refinaria não tinha condições técnicas para processar o óleo pesado produzido pela estatal.
A
refinaria de Nansei Seikyu, no Japão, tem a mesma capacidade de
processamento: 100.000 barris de petróleo por dia. A Petrobras pagou U$
71 milhões por 87,5% do negócio, em 2007. Da mesma forma, Nansei não
estava equipada para processar o tipo de óleo produzido pela Petrobras.
As
duas compras foram autorizadas por Dilma Rousseff, presidente do
Conselho de Administração da Petrobras. As duas tinham cláusula "Put
Option", que obriga uma parte comprar a outra, em caso de conflito entre
os sócios.
Observem
os preços. Se Pasadena tivesse sido comprada pela Petrobras dentro do
mesmo parâmetro de preço de Nansei Seiku, ela teria custado U$ 40,5
milhões de dólares e não U$ 360 milhões. Aliás, a Astra Oil havia
comprado 100% de Pasadena por apenas U$ 42,5 milhões, um ano antes, o
que confirma que a Petrobras vinha pagando preços mais altos do que os
do mercado nas suas aquisições internacionais.
Por
isso, independente da cláusula "Put Option", o que deve ser explicado é
porque a Petrobras comprou Pasadena por quase 20 vezes o valor do
mercado. Se Dilma Rousseff não leu as cláusulas, na certa sabia o preço
do negócio.
E conhecedora do mercado de energia, com toda a certeza
sabia que estava comprando uma refinaria superfaturada. Por isso, a CPI
da Petrobras é tão necessária. Por isso, a CPI da Petrobras apavora
tanto o PT e Dilma Rousseff. Investigue-se a "PT Option"!
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