Em Brescia (Itália)
A brasileira Marilia Rodrigues, morta em 2013
A sentença foi dada em primeira instância por um tribunal de Brescia, no norte do país, após cinco horas de audiência e mais quatro de deliberação dos juízes. O réu ainda pode recorrer da decisão.
Marília era amante de Grigoletto e funcionária de sua empresa de aviação, a Alpi Aviation do Brasil. Logo após ser preso, o réu confessou ter matado a brasileira.
Segundo ele, o crime ocorreu após uma discussão sobre o apartamento que os dois estavam procurando. "Marília tinha uma tesoura nas mãos e tentou me atingir na garganta, então eu a peguei por um braço e a derrubei. Ela se chocou contra o batente da porta e começou a perder sangue da cabeça. Suas pernas tremiam, então eu coloquei as mãos no seu pescoço e o apertei", contou empresário em uma das sessões do julgamento.
"Eu não queria acreditar naquilo que tinha feito, mas eu tinha consciência de tê-la matado. Quando percebi que estava morta, abri o gás da caldeira do escritório. Espalhei amônia e ácido clorídrico pelo corpo, depois peguei alguns jornais e tentei colocar fogo sobre ele", acrescentou.
Grigoletto disse também que, antes de cometer o crime, pensou várias vezes em se suicidar por conta das dificuldades econômicas que enfrentava e porque estava cada vez mais difícil esconder o caso com a brasileira da sua esposa, com quem tem duas crianças.
O corpo de Marília foi encontrado dentro do escritório da Alpi Aviation. A brasileira estava grávida de cinco meses do italiano. Pouco antes da sentença, a mãe da vítima, Natália Maria da Silva, declarou que o responsável pelo homicídio de sua filha é um "covarde que deve pagar pelo que fez".
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