quinta-feira, 17 de abril de 2014
Embora eu não queira vê-lo nem pintado, se por acaso ocorrer
de Lula se candidatar e ganhar as eleições, eu vou estar aqui sentado,
esperando pelos milagres desse fabuloso estadista, já que ele nasceu com o rabo
para a Lua e vai precisar mais do que nunca dessa sorte que sempre o
acompanhou, mesmo porque, se depender só da sua competência ele está roubado. E
nós idem.
Quando Luivináfio tomou posse no primeiro reinado, em 2003,
o País podia não ser uma maravilha, mas, pelo menos, tinha a inflação dominada,
um bom equilíbrio das contas, uma situação política estável e o PT ainda tinha
a fama - injusta, como depois ficou mais que provado - de ser um bastião da moralidade.
Sem falar no excelente desempenho da economia mundial, com a China como
protagonista mais importante.
O forte estímulo da demanda externa fez a
economia responder com mais investimentos e produção, com destaque para o
agronegócio e a mineração. Esse impulso se disseminou pela economia, e dentro
dela também houve forte expansão do crédito. A arrecadação do governo subiu, também
porque, obcecado pela concessão de benesses sociais à plateia, mas sem pensar
no futuro, Lula continuou expandindo a carga tributária. Com isso, saiu-se
relativamente bem da crise econômica mundial em 2008 e 2009.
O detalhe é que essa gastança desenfreada teve consequências
desagradáveis, como a escassez de investimentos públicos do período Lula, que
se agravou com Dilma, com o crédito em baixa e a carga tributária em alta, inflação
elevada, ampliação do desequilíbrio das contas externas, forte desarranjo das
contas, prejudicando a capacidade do governo em investir e a confiança dos
agentes econômicos no governo, levando-os a conter seus próprios investimentos.
Sem falar na hecatombe do setor elétrico e da Petrobrás.
No âmbito mundial, o crescimento da China murchou e o resto
anda a meia-bomba.
Acrescente-se a isso tudo ter que servir de faxineiro do PT,
que, de baluarte da probidade, assumiu definitivamente a vocação inata para
covil de meliantes.
E aí, Lula, vai encarar?
Sobre um artigo de Roberto Macedo
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