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O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, reforçou as críticas à presidente Dilma Rousseff, sua adversária na corrida pelo Planalto. Campos afirmou que a petista será “a primeira presidente do ciclo democrático a deixar o país pior do que recebeu”. Sobre sua relação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele esclareceu que seu embate é contra Dilma. “Dizer que o governo Lula não foi muito melhor que esse governo Dilma é negar a realidade.”
“Itamar
entregou melhor do que Sarney, Fernando Henrique entregou melhor do que
Itamar e Lula entregou melhor do que Fernando Henrique. A Dilma vai
entregar pior”, afirmou, poupando de críticas os governos anteriores.
Campos se comprometeu também a não disputar um segundo mandato caso
eleito.
Alianças partidárias
O ex-governador de Pernambuco ainda
criticou a relação do governo com os partidos aliados – e afirmou que a
presidente trocou ministérios por tempo de TV na propaganda eleitoral.
“A velha política no Brasil é o PMDB dominante, que está no governo da
Dilma, mas mantém um pé em cada canoa. Está com um pé no PT e tem uma
sublegenda na candidatura do Aécio”, disse, referindo-se ao movimento
Aezão, no Rio de Janeiro. No Estado, o partido de Campos está coligado
com o PT de Dilma. Segundo Campos, o poder central em Brasília “alimenta
as raposas da política atrasada em Alagoas, no Maranhão e no Rio de
Janeiro, onde a política tem ligação com crime organizado e com o jogo”.
Ele citou nominalmente apenas o senador José Sarney (PMDB) como símbolo
desta relação.
Nordeste
Campos afirmou que acredita que seus
índices de intenção de voto devem crescer no Nordeste. E que a região
tem um sentimento de “frustração” em relação ao governo Dilma. “Creio
que vou ganhar as eleições no Nordeste”, disse. Também culpou a
presidente pelo atraso de obras importantes na região, onde acusou o PT
de fazer terrorismo na campanha: “Há uma campanha terrorista sendo feita
sistematicamente dizendo que eu ou Aécio vamos acabar com o Bolsa
Família”.
Economia
O presidenciável do PSB também falou sobre
a situação econômica no país. Disse que é preciso estabelecer um modo
responsável de governar, cumprindo a meta de inflação. “Precisamos tirar
o Brasil desse atoleiro, pois com Dilma temos o menor crescimento
econômico desde Deodoro da Fonseca”, afirmou. Campos disse ainda que a
presidente deixará como legado “um tempo de famílias mais endividadas” e
a “Petrobras metida em toda a sorte de confusão”.
Passe livre
Em sabatina promovida pelo jornal Folha de
S. Paulo, SBT e Jovem Pan, Campos incluiu em seu discurso de campanha a
defesa do passe livre para estudantes – uma das principais demandas dos
protestos que agitaram o país há pouco mais de um ano. Afirmou que
pretende colocar o tema entre suas propostas para Educação, como forma
de permitir que alunos da rede pública possam estudar em tempo integral.
Só não esclareceu de que maneira o assunto será tratado, nem como
pretende financiar a proposta. “Essa é uma questão das prefeituras e dos
Estados, mas o governo federal, sob a nossa liderança, terá
solidariedade com as prefeituras e governos estaduais para implantação
do passe livre”, afirmou.
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