Grupo também não aceitou a reestruturação da dívida em 2005.
Escritório de advocacia pede tratamento igual ao do NML.
De acordo com nota do escritório, o grupo tem quantidade relevante de títulos da dívida e quer ter o mesmo direito do fundo NML, que conseguiu na Justiça dos EUA o direito a receber integralmente o valor da dívida. O escritório diz que o grupo está crescendo e anuncia que interessados em fazer parte da ação devem entrar em contato.
Mais de 92% dos credores do país aceitaram receber menos de 30 centavos para cada dólar nas restruturações realizadas em 2005 e 2010. Os demais credores, recusaram os termos da renegociação e reivindicam o recebimento de 100% do principal da dívida.
A Argentina está à beira de um novo calote por uma série de decisões de tribunais dos Estados Unidos, que forçaram o país a negociar com investidores que não aceitaram participar das restruturações da dívida após a crise de 2002.
Após se recusar a saldar a dívida pública de US$ 100 bilhões, em 2001, o governo argentino negociou o pagamento com desconto e dividido em parcelas. Uma parte dos credores concordou, mas um grupo de fundos, a maioria nos EUA, exige receber de forma integral.
O governo da presidente Cristina Kirchner tem até 30 de julho para alcançar um acordo com os chamados holdouts - credores que não aceitaram os termos das negociações da dívida argentina -, em uma disputa que levou a terceira maior economia da América Latina à beira do segundo calote em 12 anos.
Sem acordo
Na sexta, a segunda rodada de reunião entre a equipe do governo argentino e os fundos acabou sem acordo e é esperado um novo encontro para tentar uma negociação.
Enquanto briga na Justiça americana contra esses fundos, a Argentina tem pagado as parcelas aos credores que aceitaram a renegociação.
A mais recente parcela foi depositada no último dia 29 de junho, mas o juiz Thomas Griesa ordenou o bloqueio do montante – cerca de US$ 1 bilhão – porque, segundo ele, o governo argentino não pode pagar a nenhum credor enquanto não atender também à decisão dos EUA sobre os fundos.
A Justiça dos EUA determinou o pagamento de US$ 1,33 bilhão a esse grupo. Em reunião na segunda-feira com os fundos, o ministro da economia argentino, Axel Kicillof, repetiu a portas fechadas o discurso que já havia feito na semana passada: disse que o país quer continuar renegociando, mas que é necessário suspender a decisão, já que ela poderia se estender aos credores que já haviam renegociado a dívida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário