Integrantes da campanha do
senador Aécio Neves (PSDB) criticaram o megaevento de Dilma que contou com a
presença de 16 ministros para divulgar o balanço da Copa. Candidato a vice-presidente na
chapa de Aécio, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse que Dilma não
pode atrair para o governo o saldo positivo da Copa no Brasil. "A Copa foi boa não por
causa da Dilma, mas do povo brasileiro, dos jogadores, do bom futebol. Da parte
do governo, houve atraso generalizado nas obras e estádios superfaturados",
afirmou.
Coordenador da campanha de Aécio,
o senador José Agripino Maia (DEM-RN) disse que o uso da emissora oficial do
governo para a transmissão da cerimônia –a TV NBR – comprova o uso eleitoral do
ato político. "É campanha eleitoral desabrida em cima de uma farsa. A Copa
foi tranquila, as coisas aconteceram bem, mas a presidente não pode se apoderar
disso", disse.
Os oposicionistas afirmam que
Dilma esqueceu de mencionar o "legado negativo" da Copa, como a falta
da entrega de obras de mobilidade urbana. "As coisas funcionaram por
causa da iniciativa privada, com quem o governo fez parcerias nos aeroportos,
nos estádios. O governo dela é o PAC que só tem 16% das obras, a ferrovia
Norte-Sul que está emperrada. É propaganda enganosa com uso de TV estatal",
afirmou Agripino.
Aloysio Nunes ironizou a
presidente ao lembrar que Dilma, no início de julho, disse que o seu governo
era "padrão Felipão". Como o técnico deixou o cargo após a eliminação
do Brasil, o tucano disse que o governo não vai conseguir "faturar"
em cima dos bons resultados da Copa. "Acho que isso não pega. É
um esforço público jogado fora. Faria melhor à presidente governar. Não adianta
insistir porque isso não vai pegar", afirmou. (Folha Poder)
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