segunda-feira, 21 de julho de 2014

Cristina banca a vítima e fala de “pilhagem” contra a Argentina… ela QUASE acertou!

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Se picaretagem intelectual fosse um emprego, o funcionário do mês sempre seria um bolivariano. Simplesmente eles competem para ver quem é mais cara de pau, cínico, chantagista emocional e daí por diante.

Agora é a vez de Cristina Kirchner, cujo país está doido da silva para dar calote em seus credores, como vemos em notícia da Veja.

Ela abusou do papel de vítima ao vir ao Brasil para um encontro que os líderes dos BRICS tiveram com outros presidentes sul-americanos. Foi quando ela aproveitou para choramingar sobre os fundos “abutres” que ganharam ação na Suprema Corte dos Estados Unidos e agora querem receber a grana. Segundo a chorona Kirchner, o valor dos papéis é injusto. Sob quais critérios? Só se for o critério do “quem não chora não mama”.


Leia mais a respeito do que ela afirmou nesta última quarta-feira, 17/7:
O governo Kirchner afirmou que está disposto pagar seus credores, mas apenas aqueles que aceitaram a reestruturação de sua dívida nos anos de 2005 e 2010. Os fundos abutres não aceitaram a renegociação e ganharam na Justiça o direito de receber o valor cheio dos títulos. Ocorre que, segundo a decisão da Corte, o país não conseguirá pagar os credores que aceitaram a reestruturação se também não fizer o pagamento aos fundos abutres.

Cristina criticou a decisão e colocou a Argentina como vítima: “Cremos em uma pátria grande e que se deve terminar essa espécie de pilhagem internacional em matéria financeira que hoje estão querendo fazer contra a Argentina, mas que vão tentar levar adiante contra outros países”, disse ela. Os “abutres” compraram os papéis da dívida argentina por 48,7 milhões de dólares em 2001 e querem receber, hoje, cerca de 1 bilhão de dólares.

Ao celebrar o fortalecimento dos laços dos Brics com os países da América do Sul, a presidente da Argentina também criticou os organismos multilaterais existentes. “Vão surgindo cada vez mais instituições que questionam este funcionamento dos organismos multilaterais que, em vez de dar soluções, não fazem nada além de complicar a vida dos povos”, afirmou. O encontro dos Brics com presidentes sul-americanos reúne dezesseis chefes de Estado em Brasília nesta quarta-feira.
Na verdade, fundo abutre não passa de um jargão usado no mercado financeiro, definindo fundos de hedge que investem em países caloteiros. Geralmente estes países se encontram na América Latina e na África. Só coisa fina.


A atuação dos fundos abutres é legítima, já que eles emprestam dinheiro em troca de “títulos podres”. Eles compram títulos de nações em default, por um valor irrisório, e depois vão acionar o país na justiça para ter os ganhos integrais.


Imagine a seguinte situação. X deve R$ 100.000,00 a Y. Mas Y está doido para receber a grana, e não vê condições de receber de X. Desesperado, Y encontra W que lhe paga R$ 30.000,00 pelos seus “títulos podres” de R$ 100.000,00. Como são “títulos podres”, Y não conseguia encontrar sequer um banco tradicional para lhe amparar, mas W apareceu. Este é o abutre. Ao entrar na justiça contra X, W recebe R$ 300.000,00, 10 anos depois, devido aos juros acumulados e coisas do tipo. Simples assim.


Considerando uma dívida de mais de 10 anos, em títulos podres, a transformação de um investimento dos abutres de 48,7 milhões de dólares em atuais 1 bilhão de dólares não é nada surpreendente. Detalhe: os 48,7 milhões de dólares foram o investimento do fundo abutre, portanto podemos supor que a dívida original representada por esses títulos podres era no mínimo 2 ou 3 vezes maior.


Nenhum credor tradicional iria pagar por esses títulos, a não ser os fundos abutres. Devemos lembrar que na época a Argentina estava com a fama mais feia que indigestão de torresmo. E a coisa não melhorou hoje em dia. Alias, a coisa tende a piorar se Cristina Kirchner não parar com esse vitimismo ridículo. Para melhorar a imagem, ela deveria pagar o que deve.

A Argentina está sendo vítima não de pilhagem internacional, mas de pilhéria de mais uma socialista depravada.


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