Meu texto
questionando onde foram parar os machos gerou muita repercussão e, como
já esperava, histeria. O mundo está mesmo cada vez mais histérico, com
“almas sensíveis” que chegaram ao poder (cultural, principalmente). A
ditadura “velada” do politicamente correto não permite mais debates
sérios sobre assuntos “delicados”. Isso ofende os sensíveis.
O que me espantou, porém, foi o grau
extremo de analfabetismo funcional de alguns. Não entenderam nada do
texto! É impressionante. Talvez pelo uso de alguns termos como
“mulherzinha” ou mesmo “macho”, o cérebro deles já entre em método
defensivo para proteger suas emoções, e o raciocínio é logo cortado.
Teve gente que realmente pensou que eu
defendia o estilo ogro de “machão”, aquele que só falta bater em mulher
para provar como é o mandachuva do pedaço! Teve gente ainda que pensou
que eu sou contra mulher que trabalha! Oh, God! Deveria haver
uma lei contra o abuso de estupidez… (Brincadeira, sou liberal e defendo
o direito dos néscios de expressar suas estultices, sempre, e o estado
não tem nada com isso).
Achei que ao colocar o cartunista Laerte
de um lado e Clint Eastwood do outro iria facilitar a compreensão de que
tipo de homem (ou macho) está em questão – ou extinção. Nem isso
ajudou. Histéricos precisam da histeria como o poeta precisa da dor. O
“mimimi” foi grande (apesar de as milhares de curtidas mostrarem que há
esperança).
O mais engraçado de tudo, entretanto, foi
a grande quantidade de “esclarecidos”, “moderninhos” e “tolerantes” que
veio levantar suspeitas sobre minha própria sexualidade, como se eu
fosse um gay enrustido, e o melhor, como se isso fosse uma enorme ofensa
a mim! Notaram a deliciosa ironia e incoerência da turma? Eles, os que
“toleram” tudo, querem me “atingir” insinuando ou me acusando
diretamente de ser… homossexual! Risos.
Não coloquei no primeiro texto para não
gerar ainda mais confusão, e pelo visto fiz bem. Mas existem
homossexuais mais “machos” do que muito “macho” por aí. Quando Clodovil desafiou
a patrulha em um discurso em defesa da família tradicional, por
exemplo, teve uma atitude de macho, demonstrou coragem.
Os gays também
têm papeis sociais, e muitas vezes um deles é o “macho” do
relacionamento, assumindo a postura de provedor e protetor. O ponto é
que nem todo homossexual é “mulherzinha”.
O que ataco no texto é a imagem que
querem fazer do macho moderno, que deve ser praticamente uma mulher,
afeminado demais, sensível demais (critico o excesso, turma!), chorão
demais, covarde demais, sem ter coragem de assumir certos fardos com
dignidade. O macho sabe ser um gentleman quando necessário, mesmo diante do perigo. Escrevi sobre isso no Esquerda Caviar:
[Charles] Murray resgata um resumo do código de conduta adotado por todo gentleman do
passado. Ser homem significava, basicamente, ser corajoso, leal e
verdadeiro, aceitar as punições por seus erros, não tirar proveito das
mulheres, ser um marido protetor, gracioso na vitória e de espírito
esportivo na derrota, ter a palavra como garantia contratual, dedicar-se
mais ao modo como o jogo é jogado do que à derrota ou à vitória, e, se
diante de um navio que afunda, colocar mulheres e crianças em
segurança antes de se despedir com um sorriso no rosto.
O leitor
mais jovem deve estar rindo, incrédulo. Mas isso já foi uma espécie de
guia para muita gente. Quando o Titanic afundou, em 1912, a maioria dos
sobreviventes era, de fato, composta por mulheres e crianças. Já por
ocasião do naufrágio do MS Estônia, em 1994, com quase mil mortos, o
grosso dos sobreviventes era de homens jovens. Há relatos de que se
tratou de um verdadeiro “salve-se quem puder”. Uma mulher com a perna
quebrada implorava por ajuda, e nada.
Será que não se fazem mais homens como antigamente? Estamos vendo a extinção do gentleman?
Vale a pena ser um cavalheiro diante de mulheres que se orgulham da
“marcha das vadias”? Tem certeza de que o mundo hoje, nesse aspecto,
evoluiu? As feministas devem estar felizes com tais mudanças, ao menos
aquelas que não foram deixadas para morrer…
O mundo está sendo dominado pela agenda
feminista, e essas ressentidas odeiam os homens! Cuidado, mulheres! Se
depender da agenda desse pessoal, não vai mais existir homem de verdade
no mundo. Justin Bieber será o ícone do novo macho, não mais figuras
como essas exploradas nesse comercial, que despertou a fúria da
patrulha:
O que me remete, para concluir, à outra
contradição deles: querem respeitar tudo e todos, mas não respeitam
justamente aqueles que defendem a importância da velha virilidade
masculina. Não são tolerantes coisa alguma!
Não suportam as diferenças,
não aceitam que homens e mulheres possam ser complementares, diferentes,
cada um com seu papel, função ou perfil. Querem abolir todas as linhas
divisórias em nome da pretensa “igualdade” plena. São os mais
intolerantes.
Hoje é celebrado no Brasil o Dia do
Homem. Resta saber que tipo de homem se valoriza atualmente, e se as
mulheres de verdade – não as feministas encalhadas ou as vadias em
marcha – estão realmente satisfeitas com isso.
Rodrigo Constantino
COMENTARIO
Onde estão os homens peludos? Pelos masculinos tem feromônios, não deveriam ser raspados.
Rodrigo Constantino
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Onde estão os homens peludos? Pelos masculinos tem feromônios, não deveriam ser raspados.
Parecer feminino
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