segunda-feira, 21 de julho de 2014

Desmascarada "contabilidade criativa" da Dilma: PIB deve crescer menos de 1% em 2014. É inflação, desemprego e crise.


Pela oitava semana consecutiva, os analistas de mercado cortaram suas estimativas para a expansão da economia brasileira neste ano e, assim, a projeção mediana para o Produto Interno Bruto (PIB) ficou abaixo de 1% pela primeira vez. De acordo com o boletim Focus, do Banco Central, a estimativa caiu de alta de 1,05% para crescimento de apenas 0,97%.

A revisão para o PIB acompanha a redução nas projeções para a produção industrial. Agora, os analistas esperam contração de 1,15% nesse setor, ante queda de 0,90% na semana passada. Há um mês, o mercado via o PIB crescendo 1,16% e a produção industrial caindo 0,16%. Para 2015, a estimativa para o PIB foi mantida em expansão de 1,50%, mas a da indústria caiu pela quarta semana consecutiva, de alta de 1,80% para 1,70%.

As notícias mais recentes sobre a atividade econômica em geral e industrial têm mantido o sinal negativo. Na semana passada, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que o índice de confiança do setor atingiu em julho o menor patamar desde janeiro de 1999. O indicador de produção de junho despencou para 39,6 pontos, de 48,4 em maio. 

O Banco Central, por sua vez, mostrou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) teve contração de 0,18% em maio, ante abril, refletindo especialmente a forte queda da indústria naquele mês. Embora o resultado tenha sido um pouco melhor que o esperado, analistas não viram no número um sinal de reversão das expectativas negativas. O dado, afirmaram, aponta atividade mais fraca no segundo trimestre.

Outros números mostraram que o enfraquecimento da atividade chegaram ao mercado de trabalho. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) decepcionou novamente em junho ao registrar a criação de 25,3 mil vagas no mês. O resultado foi o pior para os meses de junho desde 1998 e, como em maio, foi puxado pelo fechamento de 28,5 mil vagas na indústria. 

Em função da criação menor de vagas, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, reduziu para 1,1 milhão a estimativa de novas vagas este ano. A estimativa anterior era de 1,4 milhão a 1,5 milhão de empregos novos. (Valor Econômico)
 

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