quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Histericamente, OAB-CE “inventa” raça cearense para acusar críticos de Miss Brasil

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Eis a patocracia: as demandas dos órgãos aparelhados do partido estão cada vez mais histéricas e bizarras. A novidade é a seguinte: a lindíssima Miss Brasil Melissa Gurgel teria sofrido alguns comentários pelas redes sociais a respeito de seu sotaque (ela é cearense). Por causa disso, a OAB-CE lançou uma ação contra os “autores de mensagens racistas”, conforme matéria do G1:
O presidente em exercício da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), Ricardo Bacelar, assinou nesta segunda-feira (29) representação e notícia-crime no Ministério Público Federal para responsabilizar os autores de mensagens racistas nas redes sociais contra Melissa Gurgel, a cearense eleita Miss Brasil no sábado (27).

“São colocados comentários preconceituosos e depreciativos ao povo cearense. Os comentários dizem que o sotaque cearense é sofrível, que o povo cearense é feio. É racismo em razão da localidade do Ceará, e nós não vamos aceitar isso. O sotaque cearense nos orgulha e faz parte da nossa cultura e da nossa identidade”, diz o presidente da OAB-CE, Ricardo Bacelar.

Após a vitória da cearense no concurso de miss, ela foi alvo de comentários preconceituosos. “Miss Ceará é bonita até abrir a boca e vir aquele sotaquezinho sofrível”, diz uma das mensagens. “Lembrem de deixar a TV no mudo quando a miss Ceará for dar a palestra dela no miss Brasil do ano que vem”, diz outra.

O presidente em exercício afirma que coletou a imagem de algumas mensagens racistas contra Melissa Gurgel e apresentou ao Ministério Público Federal no Ceará.

“Formalizamos a representação no MPF para apurar com rigor esse desrespeito ao povo cearense”. Se condenados, os autores de mensagens racistas podem presos por período de dois a cinco anos.

Melissa Gurgel, de 20 anos, foi eleita a Miss Brasil no sábado (27), em concurso realizado no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, com a participação das 27 misses dos estados e do Distrito Federal.
Isso decididamente já está ridículo. É por isso que uma sociedade dominada pelo politicamente correto parece um verdadeiro hospício. Simplesmente, a OAB/CE decidiu criar uma nova “raça”: a cearense. Daí, basta usar o recurso da sensibilidade artificial histérica para capitalizar.

Aliás, uma curiosidade: em 12 estados pesquisados pelo Ibope, o melhor desempenho de Dilma está no Ceará. Não poderia essa ação ser uma trucagem com o objetivo de vender ao público uma falsa imagem de “povo oprimido” para capitalização política? Até por que não faz sentido alguém se sentir ridicularizado por que os outros riem do seu sotaque.

Já riram de meu sotaque mais de uma vez e eu sempre ri junto, zoando o sotaque do outro de volta. Será que eu posso levar uma bolada também por causa disso? Não há dúvidas de que estamos diante de uma demanda artificial e patética, usada para fins unicamente políticos.
Realize a cena:
  • Pesquisador IBOPE: Qual sua escolaridade?
  • Entrevistado: Superior completo.
  • Pesquisador IBOPE: Qual sua profissão?
  • Entrevistado: Engenheiro Químico
  • Pesquisador IBOPE: Raça?
  • Entrevistado: Cearense.
  • Pesquisador IBOPE: Espere. Cearense não é raça.
  • Entrevistado: Segundo a OAB/CE agora é. E cuidado que você pode ser acusado de racismo!
  • Pesquisador IBOPE: …
Uma prima minha acabou de me dizer o seguinte: “Luciano, isso é mentira! Essa notícia não existe! Só pode ser gozação!”.

Não é gozação. É assim que as coisas tem acontecido em um país vivendo sob o ciclo histeroidal.

Basta fazer uma encenação teatral dizendo “racismo, racismo” e sair gritando feito louco de pedra que alguns dirão “melhor não contrariar”.

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